domingo, 13 de janeiro de 2019

Técnica Psicopedagógica do Desenho Livre



Os objetivos dessa técnica são: 

- verificar, por meio da análise dos conteúdos manifestos e latentes, no desenho, os aspectos afetivos, cognitivos, motores e emocionais que elucidam a dificuldade de aprendizagem; 

- analisar a produção do sujeito em relação à produção de crianças da mesma série; 

- observar o desenho como um todo e interpretá-lo levantando em consideração as hipóteses levantadas na aplicação de outras técnicas. 

A técnica consiste em oferecer à criança papel sulfite, lápis preto, lápis de cor e borracha. 

Dá-se a seguinte consigna: "Desenhe o que você quiser." Observa-se a execução de movimentos, o envolvimento da criança com a sua produção, a forma pela qual utiliza os materiais e as dificuldades apresentadas. 

Executado o desenho, pede-se para a criança falar sobre o que desenhou objetivando verificar significantes significados e a construção do pensamento. 

Pode-se solicitar que o sujeito escreva o que falou sobre o desenho. 

Avaliam-se os seguintes aspectos: 

- Motores: movimento, tipo de traçado. 

- Cognitivos: a adequação das formas, detalhes e tamanhos dos objetos, buscando relacioná-los com o conteúdo verbal. 

- Afetivos: verificam as cores utilizadas, o vínculo coma situação de execução do trabalho e o conteúdo manifesto do desenho quanto à proximidade ou distância dos objetos em relação à criança. É importante buscar relacionar a execução e produção do desenho com o grafismo da criança. 

- Análise da escrita: o conteúdo na escrita tende a ser menos extenso do que a narrativa. Quando este é muito restrito, revela um bloqueio na vinculação do sujeito, com sua produção, pelo medo do ataque. 

Deve-se ater à análise dos seguintes aspectos:

 - dificuldade na construção de palavras e frases; 

- em que período silábico a criança se encontra; 

- que tipo de erro é cometido, se é perseverante ou não; 

- presença de trocas de letras, perseverantes ou não; 

- se os erros cometidos são decorrentes de um déficit na alfabetização, com a finalidade de pesquisar se a causa é decorrente de uma insuficiente pedagogia escolar ou familiar;

 - tipo de escrita: repassada; letra muito pequena ou muito grande; pressão do tônus muscular, déficit de coordenação motora; déficit na noção têmporo-espacial; uso excessivo de borracha.


FONTE


https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/diagnostico/10325

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