sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Darcy Ribeiro

O antropólogo Darcy Ribeiro
também escreveu prosa de ficção
Já sabendo que sua doença era terminal, Darcy Ribeiro confessou no livro de memórias: "Termino esta minha vida já exausto de viver, mas querendo mais vida, mais amor, mais saber, mais travessuras". Tudo muito coerente com quem sempre se declarou um "fazedor".
Filho de farmacêutico e professora, Darcy Ribeiro mudou-se para o Rio de Janeiro com o objetivo de estudar medicina. Até ingressou na faculdade, mas abandonou o curso depois de três anos.
Transferiu-se para São Paulo, indo estudar ciências sociais na Escola de Sociologia e Política e ali graduando-se em 1946. Depois, em 1949, entrou para o Serviço de Proteção aos Índios (antecessor da Funai), onde trabalharia até 1951. Passou várias temporadas com os indígenas do Mato Grosso (então um só estado) e da Amazônia, publicando as anotações feitas durante essas viagens. Colaborou ainda para a fundação do Museu do Índio (que dirigiu) e a criação do parque indígena do Xingu.
Na época, Darcy Ribeiro escreveu diversas obras de etnografia e defesa da causa indigenista, contribuindo com estudos para a Unesco e a Organização Internacional do Trabalho. Em 1955, organizou o primeiro curso de pós-graduação em antropologia, na Universidade do Brasil (Rio de Janeiro), onde lecionou etnologia até 1956.
No ano seguinte, passou a trabalhar no Ministério da Educação e Cultura. Lutou em defesa da escola pública e (junto com Anísio Teixeira) fundou a Universidade de Brasília (da qual seria reitor em 1962-3).
Em 1961, foi ministro da Educação no governo Jânio Quadros. Mais tarde, como chefe da Casa Civil no governo João Goulart, desempenhou papel relevante na elaboração das chamadas reformas de base. Com o golpe militar de 1964, Darcy Ribeiro teve os direitos políticos cassados e foi exilado.
Viveu então em vários países da América Latina, defendendo a reforma universitária. Foi professor na Universidade Oriental do Uruguai e assessorou os presidentes Allende (Chile) e Velasco Alvarado (Peru). Naquele período, Darcy Ribeiro redigiu grande parte de sua obra de maior fôlego: os estudos antropológicos da "Antropologia da Civilização", em seis volumes (o último, "O Povo Brasileiro", ele publicaria em 1995).
Em 1976, retornou para o Brasil, dedicando-se à educação pública. Quatro anos depois, foi anistiado, iniciando uma bem-sucedida carreira política. Em 1982, elegeu-se vice-governador do Rio de Janeiro. Nesse cargo, trabalhou junto ao governador Leonel Brizola na criação dos Centros Integrados de Educação Pública (Ciep). Em 1990, foi eleito senador, posto em que teve destacada atuação.
Em 1992, passou a integrar a Academia Brasileira de Letras. Além da obra antropológica, Darcy Ribeiro publicou os romances "Maíra", "O Mulo", "Utopia Selvagem" e "Migo".
No último ano de vida, Darcy Ribeiro dedicou-se a organizar a Fundação Darcy Ribeiro, com sede na antiga residência em Copacabana (no Rio de Janeiro).
Vítima de câncer, Darcy Ribeiro morreu aos 74 anos.

http://educacao.uol.com.br/biografias/darcy-ribeiro.htm

Culturalismo



No período entre as duas guerras mundiais desenvolveu-se, fundamentalmente nos Estados Unidos, uma corrente culturalista em antropologia, cuja premissa básica era a de que uma dada cultura impõe um determinado modo de pensamento aos homens nela inseridos. 
A cultura condiciona o comportamento psicológico do indivíduo, sua maneira de pensar, a forma como percebe seu entorno e como extrai, acumula e organiza a informação daí proveniente. 
Nesse sentido, foram significativos os trabalhos de Ruth Benedict, realizados na década de 1930, sobre os índios pueblo do sudoeste dos Estados Unidos - os quais, apesar de imersos num meio físico semelhante ao das etnias circunvizinhas, raciocinavam de forma muito diferente diante de problemas idênticos.

Margaret Mead analisou principalmente a importância da educação na formação da personalidade adulta. 
Ralph Linton e Abram Kardiner, por sua vez, expuseram o conceito de personalidade de base, que consistiria num mínimo psicológico comum a todos os membros de uma sociedade.

É o conjunto de ações que admite como centro a cultura, capaz de explicar e/ou fundamentar os fenômenos que movem e estruturam o comportamento de uma população e de um indivíduo, nas diversas fases da formação social. 
O Culturalismo toma por base todos os modelos artísticos atuais, clássicos e filosóficos, em conjunto ou individuais, para tornar claro o papel fundamental da cultura na construção de uma sociedade. Entende que cultura não é meramente o fazer sociológico de algo, mas a reconstrução desse algo a partir dos modelos buscados na natureza, logo, entende-se cultura, segundo o filósofo, jurista, educador e poeta Miguel Reale, como “o conjunto de tudo aquilo que, nos planos material e espiritual, o homem constrói sobre a base da natureza, quer para modificá-la, quer para modificar-se a si mesmo”. 
No entender culturalista, a filosofia, como razão, deve fazer parte dos alicerces de todas as ciências. Não é restrito, não atende apenas a uma parcela e a cultura sob o ponto de vista, apenas, sociológico. Traduz-se como um conjunto de crenças, costumes, normas, valores, artes e linguagem; tem como base o modo de agir e pensar do ser humano em sua cultura e a ela deve-se uma cadeia de evolução que compete a uma determinada época, logo, para cada tempo, uma cultura, uma forma de pensar e agir. 
A reflexão culturalista, para tentar chegar ao verdadeiro “x” da questão, não é movida pela visão de futuro sob o passado, mas transporta-se à concepção pretérita para entender o pretérito. 
Como movimento, o Culturalismo tem o papel de desenvolver uma nova corrente de pensamento, não desprezando as ascendentes, mas tomando-as como base para a continuação evolutiva do pensar. Opõe-se às correntes que reverteram os núcleos artísticos e atearam fogo aos modelos clássicos, preconceituosamente. 
O Movimento Artístico Culturalista põe fim, em definitivo, à idéia de que para o nascimento de uma nova corrente ideológica tenha que a passada ser destruída, ele segue, de maneira inconsciente, o conceito, adaptado, de Lavoisier: no meio artístico, em geral, nada se perde, tudo se transforma. E essa transformação, natural, compete a cada tempo, em consonância com os novos princípios e reflexões sociais que vão nascendo.
Fonte:http://www.estudantedefilosofia.com.br/conceitos/culturalismo.php
Daniel C. B. Ciarlini
https://geracaoculturalista.wordpress.com/2009/04/13/o-culturalismo/

Teorias Evolucionistas



Jean-Baptiste Lamarck, contrariando a teoria fixista da época, defendeu a teoria de que as características das espécies mudavam com o tempo. Em sua teoria, os órgãos que eram utilizados desenvolviam, enquanto os que não eram, atrofiavam. Esta é a Lei do uso e desuso dos órgãos.

Porém esse raciocínio está incorreto. Vejamos um exemplo nos dias atuais: Um rapaz muito magro, de família magra e esposa com mesmo biotipo começa malhar muito, tomar suplemento alimentar e fica muito musculoso. Seu filho então nasce musculoso também. Este raciocínio foi chamado por Lamarck de Lei da herança dos caracteres adquiridos.


Evolução, Charles Darwin e Seleção Natural
Charles Darwin, em sua viagem pelas Ilhas Galápagos, estudou o comportamento de algumas espécies durante gerações. Observou que algumas espécies evoluíam de outras e que os animais mais preparados para enfrentar condições adversas de temperatura, etc. sobreviviam e conseguiam passar suas características para os descendentes.

Observou também que isso se assemelha com a seleção artificial que seres humanos fazem com raças de cachorros, cruzando os mais bonitos, mais fortes e mais saudáveis para produzirem filhotes mais bonitos.
Esse estudo, onde os mais aptos sobreviviam e passavam seus genes para os descendentes foi chamado de Lei da Seleção Natural.

A seleção natural não é causada pelo sucesso reprodutivo do mais apto, a seleção é sobrevivência e reprodução diferenciais. Ou seja, o sucesso reprodutivo é daquele que conseguiu sobreviver e deixou o maior número de descendentes viáveis. O sucesso reprodutivo depende da sobrevivência, e a prole também precisa sobreviver e deixar descendentes. Quanto mais cedo um indivíduo morre, menos descendentes ele deixa.



Neodarwinismo


Nesta teoria, e evolução é o resultado de um conjunto de fatores, que atuam na composição de uma população:

Mutação


É qualquer modificação na característica de uma espécie. As mutações podem 
ocorrer nas células somáticas e nas células germinativas, e esta pode ser passada para os descendentes. A mutação aumenta a variabilidade genética de uma população.

Fluxo Gênico


Os alelos podem ser introduzidos em uma população através dos indivíduos migrantes, o que tende a aumentar a variabilidade genética da população.

Seleção Natural


Existem três tipos de seleção:
  1. Estabilizadora ou normatizadora: Seleção na qual os indivíduos com genótipo para características extremas são eliminados da população. Por exemplo indivíduos muito grandes e indivíduos muito pequenos.
  2. Direcional: Quando uma característica é favorecida, em detrimento de outra, ou seja, um tipo de fenótipo, à direita ou à esquerda da média é favorecido.
  3. Disruptiva: Quando os fenótipos à esquerda e à direta da média são favorecidos, formando grupos distintos.

Deriva Genética


Quando uma população é muito pequena, o efeito da deriva genética é muito grande. A tendência da deriva genética é diminuir a variação dos genótipos, podendo até excluir um gene da população.