sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Émile Durkheim – Julgamentos de Valor e de Realidad




1-) O que são julgamentos de valor? 
O julgamento de valor não visa expressar aquilo que as coisas são, mas o valor que elas têm em relação a um sujeito consciente. Quando atribuo valores aos seres ou aos objetos, estou apenas expressando qual o valor que este tem para mim, mesmo que eu não dê tanta importância a este ser/objeto, mas, não importa qual o tipo de opinião que for atribuída ao objeto, o seu valor não se tornará menor do que aquele considerado no momento.
2-) O que são julgamentos de realidade?
O julgamento de realidade é o meio que usamos para exprimir determinados fatos, enunciar aquilo que existe. Muitas das nossas opiniões (julgamentos) dizem unicamente de que maneira nos comportamos em face de certos objetos, ou seja, do que mais gostamos, das nossas preferências. Isso tudo é considerado fato; portanto, os julgamentos não têm a função de atribuir um valor que realmente pertença a esse objeto, apenas afirmar os estados determinados do sujeito.
3-) Qual a relação entre julgamentos de valor e de realidade?
O julgamento de realidade é uma ponderação sobre algo real. Ele representa uma tomada de conhecimento da realidade. Sua formulação tem como finalidade apenas informar, pois se trata de uma constatação objetiva. O julgamento de valor, ao contrário, é subjetivo, pois os valores são pessoais. A definição de valores, como o belo, o bom, o justo, difere de pessoa para pessoa, pois representam uma tomada de posição frente à realidade. Assim, todo individuo é capaz de julgar determinado fato utilizando um julgamento de valor ou um de realidade.
4-) O que os julgamentos de valor tem a ver com a ciência positiva?
A formulação de um julgamento de valor possui a finalidade não da informação, mas sim da persuasão. A ciência positiva, na busca pelo conhecimento puro e objetivo, deve afastar de seu estudo os julgamentos de valor, pois estes são subjetivos e pessoais. O cientista positivista estuda a natureza tal como ela é, e não tal como deveria ser. É a natureza como fato, e não como valor.
5-) O que é moral para Durkheim?
“É um sistema de regras de ação que predeterminam a conduta, que nos dizem como deveremos agir, regula seus movimentos com base em outra coisa que não o impulso de seu egoismo, é a moralidade é mais sólida quanto mais numerosos e fortes são os laços coletivos, e a moral é um fato social e que se impõe aos individuos por intermedio da coerção social”.
6-) O valor moral da sociedade equivale à soma dos valores morais individuais?
O valor moral da sociedade é mais do que a soma dos valores morais individuais. O conceito de vida social está nas representações que são os estados da consciência coletiva, e não os estados de consciência individual, uma vez diferentes por natureza.  Essas representações baseiam-se na maneira pelo qual o grupo se compreende em suas relações com os objetos que os afetam. O grupo constitui-se diferentemente do indivíduo, assim o que o afeta é de outra origem. Podemos concluir que para entender como a sociedade vê a si própria e o que está a sua volta, devemos considerar a natureza da sociedade e não apenas dos indivíduos.
Fonte: DURKHEIM, Émile. Émile Durkheim: sociologia. São Paulo: Editora Ática, 1984. Coleção Grandes Cientistas Sociais.
7-) Quais os exemplos que podemos dar da divisão durkheimeana da relação entre moral e sociedade?
Temos três elementos de moralidade discriminados por Durkheim: o espírito da disciplina, a adesão ao grupo e a autonomia. Vejamos o exemplo na educação de uma criança. O espirito da disciplina fortifica na criança a obediência a uma regra. Para Durkheim as regras sociais carregam duas características relevantes, regularidade e autoridade. Uma regra que aparece frequentemente já indica sua adequação, o seu aparecimento no contexto social lhe certifica autoridade. A regra social sendo fato social, ou seja, “coisa” – como definido em tópicos anteriores – por si só já representa uma ordem que exige obediência.  O espírito de disciplina, enquanto na educação moral, colabora nessa obediência, sujeitando a criança à autoridade da regra. O terceiro elemento da moralidade, a autonomia da criança, decorre da educação moral como um estado de consciência adquirido após a inserção no grupo. A autonomia, para Durkheim, consiste em uma submissão consciente às regras sociais devido a seu espírito de disciplina e sua integração no grupo.
Fonte: DURKHEIM, Émile. Émile Durkheim: sociologia. São Paulo: Editora Ática, 1984. Coleção Grandes Cientistas Sociais.

Direito Divino dos Reis



iluminismo foi um movimento global, ou seja, filosófico, político, social, econômico e cultural, que defendia o uso da razão como o melhor caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação. O centro das idéias e pensadores Iluministas foi a cidade de Paris.
Os iluministas defendiam a criação de escolas para que o povo fosse educado e a liberdade religiosa. Para divulgar o conhecimento, os iluministas idealizaram e concretizaram a idéia da Enciclopédia (impressa entre 1751 e 1780), uma obra composta por 35 volumes, na qual estava resumido todo o conhecimento existente até então.
O iluminismo foi um movimento de reação ao absolutismo europeu, que tinha como características asestruturas feudais, a influencia cultural da Igreja Católica, o monopólio comercial e a censura das “idéias perigosas”.
O nome “iluminismo” fez uma alusão ao período vivido até então, desde a Idade Média, período este de trevas, no qual o poder e o controle da Igreja regravam a cultura e a sociedade.
Montesquieu, um dos principais filósofos do Iluminismo. Obra de autor desconhecido.

Os principais pensadores iluministas foram:
Montesquieu (1689-1755) – fez parte da primeira geração de iluministas. Sua obra principal foi “O espírito das leis”. Antes mesmo da sociologia surgir, Montesquieu levantou questões sociológicas, e foi considerado um dos precursores da sociologia.
Voltaire (1694-1778) – Critico da religião e da Monarquia, Voltaire é o homem símbolo do movimento iluminista. Foi um grande agitador, polêmico e propagandista das idéias iluministas. Segundo historiadores, as correspondências de Voltaire eram concluídas sempre com o mesmo termo:
Écrasez l’Infâme (Esmagai a infame). A infame a que se referia era a Igreja católica. Sua principal obra foi “Cartas Inglesas”.
Diderot (1713-1784) – Dedicou parte de sua vida à organização da primeira Enciclopédia, sendo essa a sua principal contribuição.
D’Alembert (1717-1783) – Escreveu e ajudou na organização da enciclopédia.
Rousseau (1712-1778) – redigiu alguns verbetes para a Enciclopédia. Suas idéias eram por vezes contrárias as dos seus colegas iluministas, o que lhe rendeu a fama de briguento. Sua principal obra foi “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”.
O movimento iluminista utilizou da razão no combate a fé na Igreja e a idéia de liberdade para combater o poder centralizado da monarquia. Com essa essência transformou a concepção de homem e de mundo.
A partir do iluminismo surgiu outro movimento, de cunho mais econômico e político: o liberalismo.

Leia também:
Por Thais Pacievitchhttp://www.infoescola.com/historia/iluminismo/

Psicologia do Comportamento Escolar: Aulas de 01 a 04

Pós Graduação - Educação (Núcleo comum)
Disciplina:A Psicologia Do Comportamento Escolar 

Professor(a):Priscila Mossota Rodrigues Barbosa

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Construtivismo e o relacionamento com os professores
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