segunda-feira, 9 de novembro de 2020

ELÉTRON

 

Modelo que mostra o movimento do elétron no átomo. (Foto: Pixabay)

Partícula subatômica encontrada no átomo

elétron é uma das menores substâncias conhecidas, considerada uma partícula subatômica. Ele contém carga negativa e é considerada uma partícula fundamental, ou essencial, à vida. Seu nome vem do grego "élektron", que significa "âmbar", por causa dos primeiros registros sobre o magnetismo.


Esses registros foram feitos pelos gregos, que utilizavam o âmbar como peça de decoração. O âmbar é uma substância liberada por alguns vegetais, e que, ao secar, formavam um material fossilizado. Ao ser friccionado com alguns tecidos, como a lã ou a seda, o âmbar causava o efeito de magnetismo.


O elétron pode ser encontrado nos átomos na área chamada eletrosfera. Nela, o elétron faz movimentos circulares, conhecido como camadas eletrônicas.




O elétron faz parte do grupo de léptons, que, no padrão da física, reúne algumas das menores substâncias que existem. Ele faz parte do primeiro grupo dos léptons, o chamado grupo das partículas fundamentais. Os seus estudos podem ser vistos na química e na física nuclear.

Quando se fala em partículas subatômicas, logo nos vêm à mente os prótons, os nêutrons e os elétrons. No entanto, atualmente, sabe-se que essas não são as únicas partículas que compõem a estrutura de um átomo. Na verdade, ele é formado por inúmeras outras partículas que foram divididas em três classes: os léptons, os quarks e os bósons.

Modelo padrão de partículas elementaresNesse artigo, consideraremos quais são as partículas subatômicas que se enquadram entre os léptons, que são as que estão em verde na imagem acima. 


A palavra “léptons” vem do grego “leve”, pois são as partículas subatômicas que não sofrem influência da força nuclear forte que mantém os prótons e os nêutrons unidos, participam somente das interações eletromagnéticas e fracas. Essas partículas não ficam no núcleo do átomo e podem viajar por conta própria.

Em física nuclear e física de partículas, um lépton ou leptão (grego para "leve", em oposição aos hádrons, que são "pesados") é uma partícula subatômica que não interage fortemente. Os léptons são férmions de spin 1/2. Um lépton pode ser um elétron, um múon, um tau ou um dos seus respectivos neutrinos.

Até o momento são conhecidos seis léptons, sendo que o mais famoso é o elétron (e-). Outros dois léptons menos conhecidos e que também possuem carga negativa (-1), como o elétron, são o tau (τ-) e o muon (μ-). As outras três partículas são o neutrino do elétron (νe), o neutrino do tau (ντ) e o neutrino do muon (νμ).


Esses neutrinos não possuem carga elétrica, daí a origem do seu nome, que foi sugerido por Enrico Fermi, que significa “partículas eletricamente neutras”, como o nêutron, mas com a diferença de serem mais leves. O sufixo “ino” significa “piccolo neutron”, ou seja, um pequeno nêutron. Eles possuem massa muito pequena, mas não nula.

O neutrino foi descoberto em 1956, apesar de sua existência ter sido proposta em 1930, por Wolfgang Pauli. Os neutrinos são capazes de atravessar inúmeros objetos, incluindo nosso corpo e até planetas inteiros sem interagir com nenhuma partícula.

Entre os neutrinos citados, os do elétron são os que estão mais presentes em nosso cotidiano, pois eles vêm do sol, atravessando a atmosfera. Além disso, cerca de 600 trilhões de neutrinos atravessam o nosso corpo a cada segundo. Devido a essa capacidade, eles são chamados de “partículas-fantasma”.

Os neutrinos estão associados às reações nucleares, como a fusão e a fissão de elementos e partículas. O momento em que mais neutrinos são produzidos é quando as estrelas morrem, em explosões de supernovas. Esses neutrinos carregam a maior parte da energia gerada na explosão e viajam pelo espaço numa velocidade próxima à da luz.

Podemos agrupar os seis léptons em três pares relacionados com as suas interações fracas: o elétron (e-) e seu neutrino associado (νe), o muon (μ) e seu neutrino μ) e o tau (τ) e seu neutrino τ):

Léptons agrupados segundo interações fracas

Os léptons são considerados partículas elementares da matéria, pois até o momento eles não podem ser divididos em partículas menores. Pelo menos é o que se sabe até as dimensões mais extremas exploradas atualmente, que são cerca de 10-18 metros.

Cada um dos seis léptons citados possui uma antipartícula, que são partículas com as mesmas características, porém de sinal contrário. A antipartícula do elétron é o pósitron (e-), que foi prevista em 1928 pelo físico inglês Paul Dirac (1902-1984) e descoberta em 1932 pelo físico norte-americano Carl David Anderson (1905-1991). Devido a essa descoberta, ele recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1936.

O muon e o tau também possuem antipartículas, que são, respectivamente, o antimuon (μ+e o antitau (τ+). Os neutrinos são exatamente iguais às suas antipartículas, porque não possuem carga elétrica. Para diferenciá-los na representação, basta colocar um traço em cima do símbolo, quando estiver se referindo à antipartícula.

Um aspecto interessante sobre os léptons é que eles podem decair e transmutar-se em outros léptons. O muon e o tau são instáveis, e este último se desintegra espontaneamente em partículas que apresentam uma estrutura, isto é, uma partícula sem estrutura pode gerar uma partícula com estrutura, ou uma partícula elementar pode gerar uma partícula não elementar.

 
clímax da produção de neutrinos (tipos de léptons) ocorre quando as estrelas morrem, 
como na explosão da supernova acima

Modelo que mostra o movimento do elétron no átomo. 
(Foto: Pixabay)



Vale ressaltar que os elétrons não possuem componentes conhecidos. Eles fazem parte de fenômenos físicos como a eletricidade e a condutividade elétrica. Além disso, estão presentes em processos tecnológicos, como a soldagem, a eletrônica, a radioterapia, os detectores de radiação ionizante e outros.




Descoberta do elétron


Hoje se sabe muita coisa sobre o elétron, desde a sua massa até a posição onde se encontra, sem contar com muitas das áreas onde pode ser aproveitado. Porém, a descoberta dessas partículas não aconteceu do dia para a noite, e foi uma sucessão de descobertas e experimentos de vários estudiosos. 

As primeiras descobertas

Tudo começou com os gregos, que perceberam que o âmbar, usado como peça de decoração, quando friccionado com alguns tecidos, criava um magnetismo. Em 1600, o cientista inglês William Gilbert publicou um estudo, onde se refere a essa atração após a fricção como "electricus", termo em neolatim. 

Mais tarde, Charles François du Fay e Francis Hauksbee descobriram outro objeto que, friccionado, gerava magnetismo: o vidro. Então, passaram a acreditar que objetos vítreos e resinosos tinham essa função. A teoria foi contestada por Benjamin Franklin dez anos depois. 

Para esse inventor, o magnetismo não dependia da substância que era friccionada, e sim da pressão que era feita sobre eles. Ele observou que os objetos tinham cargas diferentes, a qual chamou de positiva e negativa. Porém, para ele, o magnetismo pertencia ao material de carga positiva. 

Mais tarde, já sendo conhecida a existência do átomo, Richard Laming acreditava que essa substância era composta por um núcleo e por partículas subatômicas ao seu redor. Vários outros estudos de profissionais foram abrindo caminho para a descoberta do elétron.

A descoberta da partícula

Em seus estudos sobre condutividade elétrica, Johann Wilhelm Hittorf percebeu um brilho que era emitido do cátodo. Esse brilho aumentava a medida que a pressão dos gases diminuía. Eugen Goldstein demonstrou, mais tarde, que esses raios produziam uma sombra, as quais ele chamou de raios catódicos. 

Foi William Crookes que desenvolveu uma espécie de tubo com vácuo no interior, que possibilitou enxergar esses raios catódicos. Esse experimento demonstrou a forma como os raios eram carregados negativamente.

Em 1879 Crookes propôs que esses raios eram um novo estado físico da matéria, o que ele chamou de Matéria Radiante. Entretanto, essa teoria foi derrubada por J. J. Thomson, que descobriu que as origens dos raios eram na verdade pequenas partículas, ou seja, o elétron.

 O elétron nos aceleradores de partículas


Com os estudos sobre os elétrons, sabendo-se que a partícula era subatômica, seu uso foi incluído aos estudos dos aceleradores de partículas. Ainda no início do desenvolvimento dessa tecnologia, na metade do século XX. 

Em 1942 aconteceu a primeira tentativa com sucesso do uso de elétrons com indução eletromagnética. O responsável foi Donald Kerst, que usou o betraton, uma espécie de acelerador de partículas. O aparelho alcançou energia de 2,3 MeV, e o subsequente chegou a 300 MeV.

Os estudos avançaram com a radiação sincrotron, um tipo de radiação que se move a velocidade quase igual a da luz, descoberta pela General Eletric em 1947. O primeiro colisor de partículas foi o ADONE, criado pelo Instituto Nacional de Física Nuclear, na Itália, em 1968. Ele possuía um raio de energia de 1,5 GeV.

Foi o ADONE que conseguiu acelerar o elétron e o pósitron em direções opostas, conseguindo dobrar a energia dessa colisão. Mais tarde, o Grande Colisor de Elétrons e Pósitrons, que pertencia à Organização Europeia Para a Pesquisa Nuclear (CERN), conseguiu alcançar colisões energéticas de 209 GeV, fazendo importantes inovações para a física de partículas.

Artigos Relacionados

Nos estudos químicos, a fórmula molecular é aquela que aponta o número exato de átomos contidos na molécula de certa substância.

A fórmula estrutural é uma representação gráfica de como os átomos estão organizados em moléculas que são formadas por ligações covalentes.

Forças intermoleculares ou forças de Van der Waals são as interações, por atração ou repulsão, que ocorrem nas moléculas de uma substância.

FONTES:
1.  https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/quimica/eletron
2.  https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/os-leptons.htm



quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Big Bang - A Teoria do Big Bang

 

Segundo a Teoria do Big Bang, 
o universo teria surgido de uma grande explosão cósmica, 
que criou o espaço e o tempo.

Há muito tempo o homem questiona a origem do Universo e do planeta Terra. Atualmente temos duas vertentes que tentam explicar essa origem: o criacionismo (explicação religiosa) e o evolucionismo (explicação científica). O Big Bang é uma teoria evolucionista desenvolvida a partir do século XX.

O último século marcou a humanidade em razão da difusão do conhecimento e da informação, sem contar as inúmeras inovações tecnológicas que aconteceram nesse período. Nesse período muitas teorias e hipóteses puderam ser comprovadas com auxílio de tecnologias e intercâmbios científicos.

No campo astronômico surgiram importantes instrumentos e equipamentos, como os telescópios de alta precisão, que contribuem diretamente no desvendar dos mistérios e enigmas que esse complexo universo “esconde”.

Quanto à origem do Universo, são muitas as teorias que buscam explicar a sua criação, porém, a mais aceita pela classe científica e acadêmica é a do Big Bang.
A teoria do Big Bang foi divulgada no início do século XX, após ter sido formulada por astrônomos e físicos. Essa classe científica acredita que a formação do Universo se deu a partir de gigantescas explosões que teriam acontecido há pelo menos 15 bilhões de anos.

Segundo tais cientistas, o Universo - antes da suposta explosão - se encontrava aglomerado em uma espécie de esfera densa e quente, além disso, tinha uma composição a partir de hélio e hidrogênio. Entretanto, eles não conseguem explicar o que teria motivado a explosão da esfera e sua intensidade, sabem que a partir do evento foram lançados materiais por todos os rumos.

A teoria do Big Bang afirma que após a explosão e a acomodação das diferentes matérias, essas se aglomeraram formando as galáxias do Universo.
Com base nessa teoria esse processo ainda continua, ou seja, o Universo ainda está em constante expansão.


.
Segundo a teoria do Big Bang, 
o Universo teria se formado a partir de uma grande explosão

por: Eduardo de Freitas

FONTE: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/o-big-bang.htm

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Aborígenes Australianos


A Austrália é um país mundialmente conhecido por suas belezas naturais, pelo seu desenvolvimento econômico e pela qualidade de vida da população (atualmente apresenta o quarto maior Índice de Desenvolvimento Humano do planeta). No entanto, pouco se comenta da história dos primeiros povos habitantes do território australiano, os Aborígenes.

Os Aborígenes são a população nativa da Austrália, habitavam a maior parte do território australiano, totalizavam aproximadamente 750.000 indivíduos, subdivididos em 500 grupos e com cerca de 300 dialetos diferentes. Esses grupos possuíam estilos de vida distintos e tradições culturais e religiosas próprias em cada região.

Com a chegada dos colonizadores ingleses em 1758, deu-se início aos massacres das comunidades Aborígenes. Soldados ingleses visitavam as aldeias fingindo uma aproximação amigável, oferecendo presentes. Porém, outros soldados envenenavam com arsênio a água e os alimentos dos Aborígenes; várias pessoas, inclusive crianças, morreram em consequência do envenenamento.

Os soldados ingleses destruíram locais considerados sagrados pelos Aborígenes. Também ofereciam bebida alcoólica à população local, e se aproveitavam do estado de embriagues para instigar confrontos entre as diferentes aldeias, fazendo com que eles mesmos se aniquilassem.

Após proclamada a independência australiana, os Aborígenes passaram a sofrer com a discriminação da população de seu próprio país. Parte da população australiana considerava os Aborígenes como sendo parte da fauna e da flora, não havendo o devido respeito a esses indivíduos.

Dentre as diversas perseguições sofridas por essa comunidade, se destaca a “The Stolen Generations”, uma tentativa de “limpeza étnica”. Homens, a mando do governo, invadiram as tribos e raptaram crianças, inclusive bebês; muitas foram retiradas de suas famílias, pouco se sabe a respeito do verdadeiro paradeiro delas.

Atualmente os Aborígenes correspondem a apenas 1% da população australiana. Alguns vivem em aldeias no deserto, outros moram em bairros periféricos das grandes cidades. A maioria não consegue emprego formal e recebe auxílio do governo. Alguns conseguem contribuições da população, tocando nas ruas da cidade o didgeridoo, um instrumento de madeira que produz um som forte parecido com o apito de um navio. É comum encontrar pela cidade aborígenes embriagados, e muitas vezes envolvidos em confrontos com a polícia.
Aborígene tocando o didgeridoo

Com o intuito de minimizar essa triste história, o governo australiano está desenvolvendo políticas antidiscriminação, e preservando as tribos Aborígenes que restaram, proporcionando a preservação das tradições desse povo.

Os Aborígenes foram os primeiros povos habitantes
 do território australiano

Publicado por: Wagner de Cerqueira e Francisco
FONTE: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/aborigenes-australianos.htm


quarta-feira, 21 de outubro de 2020

 

É sabido que a humanidade está passando por um período difícil atualmente, com a epidemia do Coronavírus, fazendo com que quase todos os países sofram com esses flagelos, e tomem medidas drásticas em relação a pandemia. Mas o que o Espiritismo tem a dizer sobre isso? 

É ponto pacífico para os cientistas atualmente, que as revoluções geológicas, meteorológicas e biológicas, são coisas comuns e necessárias para a todo o ecossistema do nosso planeta, apesar dos estragos que causam, diante do ponto de vista humano. Por isso que, numa periodicidade impressionante, a humanidade presencia todo tipo de sinistro como terremotos, maremotos, furacões, nevascas, enchentes e dilúvios, erupções vulcânicas, epidemias, etc… causando um enorme constrangimento para as populações das regiões onde tais fenômenos acontecem, necessários do ponto de vista biológico/geológico, mas aparentemente do ponto de vista humano, só causam devastação, sofrimento e morte, fazendo o homem se perguntar se Deus realmente existe, por que deixa que tais coisas aconteçam a humanidade? 

Essa pergunta sempre foi feita, através da História, tanto que esses fenômenos são conhecidos como Flagelos Destruidores. Todos os povos, de uma maneira ou de outra, já presenciaram e passaram por fenômenos assim, deixando seus relatos em livros sagrados e profanos que contaram a sua epopeia de luta e superação do ocorrido para as gerações futuras. 

Muitas delas, acreditando na ira de Deus, ou seja, tais coisas acontecem por castigo divino aos homens corrompidos e egoístas, ou não. Como foi o caso, por exemplo, do Grande Terremoto de Lisboa, no século XVIII, onde milhares de pessoas morreram devido a um enorme Tsunami que se formou além mar e avançou contra a costa da capital Portuguesa, dizimando quase toda a sua população. Ou o fato da grande Peste Negra que igualmente dizimou milhões na Europa, quando no período da Idade Média, ou até mesmo Pompeia, só para citar alguns. 

Parece que a ideia da ira de Deus é um conceito bastante difundido e popular hoje em dia e isso foi também a causa da criação de filosofias seculares que não aceitavam essa ideia de um deus cioso, colérico e vingativo com sua criação que, segundo eles, absolutamente não pediu para nascer, demonstrando que ambas vertentes não conseguiram solucionar essa problemática, pois, os flagelos continuam a acontecer, apesar de tudo. 

Sabendo disso, Allan Kardec reservou algumas perguntas aos espíritos superiores sobre essas questões, no Livro dos Espíritos; como conciliar a justiça de Deus diante da destruição causada pelos flagelos naturais? 

Os bem feitores espirituais então, apresentaram a Kardec a Lei de Destruição, ou seja, a lei da impermanência de tudo que existe, inclusive o homem, pela ótica da imortalidade do espírito humano. Nada no universo é perene; perene somente Deus o É. Tudo no Universo evolui, nada é estático, parado; tudo é dinâmico, está na natureza portanto, a destruição dos seres e das coisas materiais para a evolução do próprio Universo. Nada se cria; tudo se transforma. 

Muito dos flagelos que acontecem tem por objetivo somente a manutenção dos sistemas naturais do planeta, outras vezes tem por objetivo a própria humanidade egoísta e recalcitrante no mal, que vez por outra é abalada em seu orgulho e preguiça para que reconheça a necessidade do bem e das reformas. É necessário aqui refletir sobre o ponto de vista da imortalidade; são três os elementos constitutivos do Universo, a saber…Deus, Espírito e a Matéria. 

Deus, a Inteligência Suprema, causa primária de tudo que o constitui o Universo. 

A Matéria; tudo que ocupa lugar no espaço universal, o fluido formidável que pode tomar formas infinitas, tanto tangíveis quanto invisíveis, extrafísicas e dimensionais, pois inexistência não é sinônimo de invisibilidade. A ferramenta que o Espírito usa para sua evolução e trabalho. 

E por fim…

O Espírito, o sinônimo de Vida ou Inteligência como força da Natureza, no sentido geral, Universal, capaz de se apresentar de formas que variam ao infinito. Assim como a matéria, pode tomar formas tanto físicas quanto extradimensionais, capaz de preexistir e sobreviver a tudo, ou seja, a imortalidade é o seu principal atributo. 

Assim sendo, Kardec tomou conhecimento sobre a ótica dos espíritos superiores e imortais, a respeito da Destruição. 

Encarando por esse prisma, os espíritos superiores esclarecem que os flagelos destruidores acontecem para fazer com que determinada leva de espíritos sejam obrigados a saírem da inércia moral em que se encontram; quanto mais materializados ficarem, mais estacionados estarão. Seria absurdo então conceber que em um Universo onde seu próprio Criador trabalha sempre existiram criaturas onde não fazem absolutamente coisíssima alguma por si mesmos ou pela criação. Logo, não é um castigo de Deus, e sim uma provação que Ele nos impõe para amadurecermos espiritual e moralmente, apesar de todos os recursos que ele nos proporciona para distinguirmos o bem do mal e que nós deliberadamente menosprezamos através de nossas vidas sucessivas. 

É assim que de tempos em tempos, as humanidades de um planeta de provas e resgate, cada uma a seu turno, que por ventura estejam estacionadas em determinado ponto da evolução, são constrangidas a marcharem em direção a fraternidade e ao conhecimento, através de determinada epidemia ou desastre natural. 

Mas aí, você, amigo leitor, leitora, pode se perguntar; e os mortos? O que eles ganharam com isso? 

Como dito antes, devemos encarar a natureza pela ótica da imortalidade do espírito humano. De toda maneira, o homem desencarnará, mais cedo ou mais tarde, a grande diferença é que, nesses acontecimentos, muitos desencarnam juntos, constituindo uma expiação para os que partem dos quais reencarnarão novamente, no futuro, e uma prova para os que sobrevivem. 

Contudo, além dos flagelos naturais, há os causados pelo próprio homem, devido a sua imprevidência, omissão e egoísmo, recebem o efeito do que causaram, mais cedo ou mais tarde. Atualmente, estamos passando por um período semelhante a isso. A epidemia do Coronavírus, é um flagelo causado por nós mesmos, através de ações humanas mal sucedidas, com o objetivo de beligerância. Podemos considerá-lo então como um flagelo antropológico, e por isso mesmo, estamos colhendo o que plantamos. Deus para nos provar deixa que nós colhamos o resultado de nossas ações e que nosso orgulho seja ferido, para que enfim tenhamos responsabilidade por nossos atos coletivos. 

Ainda segundo os espíritos superiores, os efeitos bons dos flagelos naturais, geralmente, somente as gerações futuras desfrutarão. Como foi o caso da Peste Negra, falado supra. Ela foi causada pelo uso excessivo dela como arma de guerra, pois os exércitos inimigos costumavam jogar cadáveres com a moléstia, dentro dos lugares onde tentavam dominar, sem perceberem que, mais cedo ou mais tarde, se contaminariam também. Muitos desses soldados voltavam depois de guerras cruéis, a suas cidades de origem, totalmente contaminados com a doença que era extremamente contagiosa, que encontrou caminho fácil devido a ignorância e obscurantismo da Idade Média, conhecida também como a Idade da Trevas. 

Depois de milhões de mortos, os sobreviventes de tal sinistro, se voltaram para a ciência e a filosofia, derrubando finalmente a Idade das Trevas e criando o período do Iluminismo, do qual pregava o conhecimento e a ciência como salvadoras da humanidade. 

O mesmo aconteceu, de certa forma, com a destruição de Pompeia. Depois do ocorrido, um sobrevivente da destruição, chamado Plínio, relatou o que presenciou em um livro, explicando o que tinha acontecido dias antes do ocorrido. Segundo ele, o Vesúvio deu sinais claros de que iria explodir, soltando uma fumaça negra e criando pequenas erupções que o povo da época, orgulhoso e hedonista, se limitou a fazer oferendas a Efestus, um antigo deus romano, para que ele se acalmasse. 

O livro de Plínio – o sobrevivente, ficou tão famoso e seminal, que até hoje alguns fenômenos vulcânicos levam o seu nome, como as famosas “Erupções Plinianas”. Graças a ele, populações inteiras ao redor do mundo e através da História foram salvas, devido somente a um homem que, providencialmente, usou de inteligência. Inteligência essa que seus contemporâneos haviam esquecido. 

Há então, dois tipos de flagelos; os naturais, dos quais o homem realmente não tem como fugir, somente encarar com coragem, emprenho e fé em Deus. E os flagelos antropológicos, ou seja, causados por nós. Um nós podemos deter ou conjurar somente nos melhorando moral e intelectualmente. O outro somente podemos encarar com coragem e fé, reconhecendo a onipotência de Deus na natureza, pedindo para que Ele tenha piedade de nós, até por que, a própria lei de destruição nos mostra que tudo passa, como bem frisou Emmanuel, pela pena de Francisco Candido Chico Xavier: 

Todas as coisas, na Terra, passam… Os dias de dificuldades, passarão… Passarão também os dias de amargura e solidão… As dores e as lágrimas passarão. As frustrações que nos fazem chorar… um dia passarão. A saudade do ser querido que está longe, passará. 

Dias de tristeza… Dias de felicidade… São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no espírito imortal as experiências acumuladas. 

Se hoje, para nós, é um desses dias repletos de amargura, paremos um instante. 

Elevemos o pensamento ao Alto, e busquemos a voz suave da Mãe amorosa a nos dizer carinhosamente: isso também passará… 

E guardemos a certeza, pelas próprias dificuldades já superadas, que não há mal que dure para sempre. 

O planeta Terra, semelhante a enorme embarcação, às vezes parece que vai soçobrar diante das turbulências de gigantescas ondas. 

Mas isso também passará, porque Jesus está no leme dessa Nau, e segue com o olhar sereno de quem guarda a certeza de que a agitação faz parte do roteiro evolutivo da humanidade, e que um dia também passará… 

Ele sabe que a Terra chegará a porto seguro, porque essa é a sua destinação. 

Assim, façamos a nossa parte 

o melhor que pudermos, sem esmorecimento, e confiemos em Deus, aproveitando cada segundo, cada minuto que, por certo… também passarão…” 

” Tudo passa……….exceto DEUS!” 

É o suficiente! 

Autor: Wanderson Silva

FONTE: https://espirito.org.br/artigos/coronavirus-flagelos-e-o-espiritismo/

Hedonismo, o que é? Origem e conceitos da filosofia da busca pelo prazer

 

O Hedonismo, que prega a busca incessante pelo prazer, surgiu como uma doutrina filosófica na Grécia Antiga e chegou até os nossos dias.

O Hedonismo é uma doutrina filosófica e moral que eleva o prazer ao nível de supremo bem da vida do ser humano.

Elaborado na Grécia Antiga, resultou dos experimentos de grandes filósofos, porém se modificou no transcorrer do tempo. Ele também entrou em choque com diversas religiões que o taxaram de amoral e pecaminoso.

O Hedonismo chegou à atualidade como a busca de prazer através do consumismo, das atividades físicas e outras variantes.

O seu surgimento na Grécia Antiga

A expressão Hedonismo quer dizer a busca do prazer como meta a ser alcançada. É formada pela junção da palavra “hedon”, que quer dizer prazer, mais o sufixo “ismo”, de doutrina. Então seu significado é a doutrina da busca do prazer.


O destaque para a sua concepção se deve a Aristipo de Cirene (435 a.C. – 356 a.C.), denominado de Pai do Hedonismo. Mas também merece ser mencionada a contribuição da filosofia de Epicuro de Samos (341 a.C.-271 a.C.).

Na doutrina de Epicuro, portanto, o prazer deve ser apreciado moderadamente, sem qualquer forma de exageros. Já Aristipo pregava o gozo intenso no prazer físico. Os dois concordavam que somente com o fim da dor se chegava à plena realização.

Divergências à parte, dos ensaios desses grandes filósofos surgiu a fundamentação do Hedonismo, que é a busca incessante do prazer.

O Hedonismo na atualidade

Certamente, que sem conhecer as bases dessa filosofia, a sociedade atual a aplica dentro da concepção de Aristipo. É a busca intensa, individual e imediata do prazer, que é obtido, por exemplo, através da aquisição dos bens de consumo de última linha.

Também há aplicação do Hedonismo nos relacionamentos efêmeros e que visam apenas a satisfação sexual do momento. Ou então no luxo exagerado para se impor socialmente e assim se saciar na admiração alheia.

Fato é que a sociedade de hoje é bem individualista, seletiva, imediatista e sem tabus na busca de se fartar dos desejos. Isso é a plena aplicação do Hedonismo, posto que livre das fronteiras que sugeriu Epicuro.


Os atritos com as religiões

Obviamente que uma doutrina que prega a busca do prazer teria choques com as religiões, posto que elas ensinam o contrário. O hedonismo, portanto, sofreu assim forte oposição e críticas de vários grupos religiosos.

A Igreja Católica, aliás, há séculos, o condenou por ir de encontro aos seus dogmas e valores religiosos. Também o Judaísmo, o Islamismo e o Hinduísmo não aprovam tal filosofia, não importa em que corrente, se opondo aos seus preceitos.


Fonte: WikipédiaSignificadosInfo EscolaToda MatériaEstudo PráticoInfopédiaConceitoSignificadosMeus Dicionários.

Fonte das imagens: La Cuadra UniversitáriaWikipédiaUptowhat.

https://conhecimentocientifico.r7.com/voce-conhece-o-hedonismo-a-filosofia-da-busca-ilimitada-pelo-prazer/