Apenas mais um blog, de relevância para mim; uma extensão das minhas pesquisas visando ao auto estudo no processo de aprimoramento para uma formação continuada, em ambiente virtual de aprendizagem.
domingo, 27 de janeiro de 2019
PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA : MODELO DE INFORME PSICOPEDAGÓGICO (DEVOLUÇÃO)
PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA : MODELO DE INFORME PSICOPEDAGÓGICO (DEVOLUÇÃO): ESTE MODELO FOI DO CLIENTE QUE ATENDI DURANTE O ESTÁGIO. O NOME SERÁ PRESERVADO POR QUESTÕES ÉTICAS. INFORME PSICOPEDAGÓGICO Válido...
segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
QUEIXA INSTRUÇÃO INICIAL
ENTREVISTA
PARA ESCLARECER O MOTIVO DA CONSULTA
OBJETIVO:
Estabelecer hipóteses sobre aspectos importantes para o
diagnóstico de aprendizagem.
COM OS PAIS
(representantes da família) observar:
·
Significação do sintoma na família ou, com
maior precisão, articulação funcional do problema de aprendizagem;
·
Significado do sintoma para a família,
isto é, as reações comportamentais de seus membros ao assumir a presença do
problema; relaciona se os valores da família com o respeito ao não aprender;
·
Fantasias de enfermidade e cura e
expectativas acerca de sua intervenção no processo diagnóstico e de tratamento;
sentindo o que a família espera a respeito de seu trabalho, modalidade de
comunicação do casal e função do terceiro, observar a relação dos pais entre
si, os valores da família, a comunicação entre os pais e você.
COM A ESCOLA (PROFESSOR ORIENTADOR)
observar:
·
Significação do sintoma na escola;
·
Significação do sintoma para o professor, reações dos membros da escola ao assumirem o
problema;
·
Significado do sintoma, no sentido do que
a escola espera a respeito de sua intervenção (confirmação do não aprender,
como: tirar da responsabilidade da escola o fracasso, uma possibilidade de
auxilio para o sucesso, uma ameaça externa);
·
Observar os valores da escola, a
comunicação entre seus profissionais e entre profissionais e aluno;
COM O SUJEITO observar:
·
Visão do sintoma para o sujeito;
·
Significação do problema para o sujeito;
·
Sentido do que o sujeito espera de sua
intervenção
·
Observar as modalidades de comunicação do
sujeito (pode ser obtida na entrevista realizada com o sujeito no primeiro
encontro – antes do E.O.C.A.).
sábado, 19 de janeiro de 2019
Queixa Psicopedagógica
A palavra queixa é usada em diversas oportunidades com diferentes
significados, dependendo da situação vivida pelo sujeito. No
dicionário Aurélio (1975:1170) a compreensão sobre esse termo corresponde:
“1.
Ato ou efeito de queixar-se. 2. Motivo de desprazer, de
ressentimento, de mágoas, de ofensas, de dor.... 7. Reclamação,
protesto. 8. Sintoma relatado pelo doente.”
Na
concepção psicopedagógica clínica ou institucional a queixa é o
primeiro relato de alguém sobre os possíveis problemas de
aprendizagem. Esse ato pode ser produzido pelo próprio sujeito ou
responsáveis pela dinâmica do espaço onde se apresenta algum
sintoma que esteja dificultando os processos da aprendizagem do
indivíduo, ou em particular de um grupo, buscando ajuda para
solucionar o problema.
No espaço clínico a queixa é o primeiro passo para o diagnóstico
psicopedagógico. Na maioria das vezes a queixa é narrada pelos
pais, responsáveis pelo sujeito, ou por profissionais como psicólogos
e coordenadores. No entanto, alguns adolescentes, jovens e adultos
são os próprios relatores dos seus sintomas. Independentemente do
narrador a conduta de escuta do psicopedagogo é valiosa e para
isso o profissional deve ter competência necessária para
desempenhar este procedimento. A escuta psicopedagógica de uma queixa requer uma postura
responsável, porém descontraída – semblante, sem demonstrar
surpresa, temor, repulsa ou qualquer outra emoção relacionada à
história que está sendo contada.
As informações ouvidas pelo
psicopedagogo devem ser apreendidas apenas no que diz respeito
ao sintoma (como o problema da aprendizagem se expressa).
Outros dados devem ser anotados: a idade do sujeito, a escola que
estuda e o turno, pois outras informações contaminam o
psicopedagogo comprometendo o processo diagnóstico. Delineado o
sintoma passa-se para o processo da análise e reflexão das falas do
relator, estas serão úteis em vários momentos da investigação, pois
determinadas frases são carregadas de significados que estão
relacionados a aprendizagem dos pais e do próprio sujeito.
Entretanto, não se deve fazer conclusões precipitadas como afirma
Weiss (2001, p.47) ... é fundamental, durante a queixa, iniciar-se a
reflexão sobre as duas vertentes de problemas escolares: o sujeito e
sua família e a própria escola em suas múltiplas facetas, para se
definir a seqüência diagnóstica bem como as técnicas a serem
utilizadas."
Após a exposição do sintoma o psicopedagogo esclarece como será
o acompanhamento psicopedagógico. O tratamento, quando o Pp é
amparado na Teoria Convergente, é realizado em dois momentos: o
diagnóstico e a intervenção. O primeiro momento é a investigação
das causas do sintoma. A média de atendimento em sessões de 50´
é entre 12 a 15 encontros para maior segurança dos resultados.
Estes encontros são realizados com o sujeito individualmente, com
os pais ou responsáveis, com a escola e profissionais que
acompanham ou já acompanharam o sujeito.
Todos estes itens
devem ser ditos ao relator da queixa, e quando acertado o
diagnóstico deve ficar claro os dias e horários das sessões, a
necessidade do cumprimento do horário, o valor dos honorários e a
forma de pagamento. O Pp deve evidenciar os elementos da causa
do sintoma para que ao final da investigação possa assegurar ao
psicopedagogo uma conclusão – devolução ou informe diagnóstico –
na qual conterá a causa ou causas que levam o sujeito à apresentar
os sintomas analisados e o tratamento adequado para o caso.
No segundo momento o sujeito poderá ser submetido ao tratamento
que varia de acordo com a origem do problema. Assim sendo é
possível que se torne necessário apenas a intervenção
psicopedagógica, como também a intervenção de outros
profissionais, a exemplo de psicólogos, de fonoaudiólogos, e demais
especialistas. Uma outra possibilidade é unir o acompanhamento
psicopedagógico a um desses profissionais ou a mais de um. É
importante ressaltar que em alguns casos os pais e ou a família
também devem passar por algum processo terapêutico.
Ainda sobre a queixa, após analisá-la, segue-se com a formulação
de hipóteses denominadas essenciais. Assim o Pp faz algumas
suposições da causa do problema para poder traçar um plano
investigativo o mais apurado possível que possibilite anunciar com
segurança o diagnóstico clínico.
Escuta de uma queixa (Transcrição):
Pp: Bom dia! Sente-se por favor.
Mãe: Obrigada!
Pp: Srª Socorro, o que lhe trouxe aqui?
Mãe: Veja bem Drª, meu filho... tem problemas sérios para estudar,
não gosta de ir à escola, não faz as atividades e tem tirado notas
muito baixas. A professora me pediu para que eu tomasse uma
providência, porque a escola não pode fazer nada por ele. Foi aí que
conversando com uma amiga, ela me disse que o filho da amiga
dela estava sendo atendido pela senhora.
Pp: Qual o nome do seu filho?
Mãe: Pedro.
Pp: Quantos anos de idade ele tem?
Mãe: 11 anos.
Pp: Que série e qual o turno que estuda?
Mãe: Ele está na 5ª série pela manhã na Escola X.
Pp: Srª Socorro, o trabalho que nós desenvolvemos aqui é realizado
em dois momentos. No primeiro fazemos o diagnóstico, ou seja,
uma investigação para descobrir a causa que leva Pedro a
apresentar os problemas relatados pela senhora. Esta investigação
se constitui em pelo 15 sessões com 50’ cada, as quais são divididas
entre Pedro, a família, a coordenação da escola, a professora, outro
profissional que já esteja acompanhando Pedro, e em alguns casos,
quando é necessário, solicitamos o parecer de outro profissional.
Após esta investigação chegaremos a uma conclusão sobre as causas e do problema, além dos devidos encaminhamentos, é o que chamamos de processo interventor.
As sessões diagnósticas são realizadas duas vezes por semana, caso a senhora queria que Pedro seja submetido aos trabalhos, então poderá estar marcando um horário com Patrícia, a mesma pessoa que agendou sua visita para hoje.
Alguma dúvida Srª Socorro?
Mãe: Foram muitas informações, mas acho que entendi tudo, minha amiga já tinha me falado mais ou menos como era. E o pagamento?
Pp: Você pode tratar com Patrícia também.
Mãe: Ah! Vou ver com ela, e falar com o pai de Pedro, não sei se ele vai assumir...
Pp: Obrigada Srª Socorro tenha um bom dia.
(Ver contrato)
Após esta investigação chegaremos a uma conclusão sobre as causas e do problema, além dos devidos encaminhamentos, é o que chamamos de processo interventor.
As sessões diagnósticas são realizadas duas vezes por semana, caso a senhora queria que Pedro seja submetido aos trabalhos, então poderá estar marcando um horário com Patrícia, a mesma pessoa que agendou sua visita para hoje.
Alguma dúvida Srª Socorro?
Mãe: Foram muitas informações, mas acho que entendi tudo, minha amiga já tinha me falado mais ou menos como era. E o pagamento?
Pp: Você pode tratar com Patrícia também.
Mãe: Ah! Vou ver com ela, e falar com o pai de Pedro, não sei se ele vai assumir...
Pp: Obrigada Srª Socorro tenha um bom dia.
(Ver contrato)
A queixa:
Pedro tem 11 anos, está cursando a 5ª do Ensino Fundamental,
estuda no turno matutino em uma escola da rede particular da
cidade do Salvador. A mãe do menino apresentou a seguinte
queixa: Pedro não gosta de ir à escola, não faz as atividades e tem
tirado notas baixas; a professora solicitou que a mãe do aluno
tomasse providências, pois a escola nada poderia fazer.
Após esta escuta levantamos às seguintes hipóteses:
- é possível que Pedro tenha déficit de conteúdos;
- é provável que a escola tenha uma metodologia incompatível com
o aprendizado do aluno em questão;
- Pedro pode não ter bons vínculos com a professora e com a
escola;
- é possível que o sujeito tenha déficit cognitivo.
Fonte:
Juliana Laranjeira Pereira – Psicopedagoga Clínica e Institucional,
mestranda em Gestão Escolar. Professora Substituta da
Universidade Estadual de Feira de Santana – Ba.
Correspondência – Av. ACM, 2501 – Sl. 106 – Profissional Center,
Brotas, CEP:41.800-700 – Salvador – BA – Brasil
Tel: (71) 9132-9853 E-mail: juliana.laranjeira@ig.com.br
Bibliografia:
BUARQUE, Aurélio. Novo Dicionário de Holanda Ferreira. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1975.
WEISS, Maria Lúcia L. Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica
dos problemas e aprendizagem escolar. 8ª Edição. Rio de Janeiro:
DP&A, 2001
Primeira Sessão Pp
O que fazer na 1ª Sessão Psicopedagógica?
Sessão Pp, o que é?
Sessão, significa reunião ou intervalo de tempo que dura uma atividade específica. Em psicopedagogia a sessão é vista como um processo de investigação e observação, onde deve-se a partir de diversos recursos ser montado um grande quebra-cabeças para compreensão da queixa apresentada.
Na primeira sessão o psicopedagogo organiza os dados necessários para compreender o problema de aprendizagem, o significado do problema e sua causa.
Durante as sessões com o psicopedagogo, os recursos como jogos, livros e computador, tem a finalidade de descobrir os estilos de aprendizagem do paciente: ritmos, hábitos adquiridos, motivações, ansiedades, defesas e conflitos em relação ao aprender.
Mas, a pergunta frequente é: O que fazer na primeira sessão?
Na maioria dos casos, o processo diagnóstico psicopedagógico (1ª sessão) inicia-se por uma entrevista com os pais ou responsáveis. Também é frequente que o profissional atenda os pais e o individuo a ser acompanhado. Nesse caso, além de uma breve entrevista com os responsáveis, deverá acontecer um breve diálogo com o(a) suposto (a) paciente/aprendente.
A primeira sessão deverá ser baseada na queixa apresentada. Vejamos algum procedimentos utilizados na primeira sessão por psicopedagogos de todo Brasil:
1ª Possibilidade:
ACOLHIDA: CONVERSA (APRESENTAÇÃO) – Nome, profissão, horário e material.
CAIXA LÚDICA/AEOCA – Avaliar a leitura e raciocínio quando indagar sobre o jogo, quando ler a capa, os nomes…
TRABALHO PSICOMOTOR CORPORAL/EQUILÍBRIO: Jogos e Brincadeiras relacionadas a queixa apresentada.
ENCERRAMENTO: Fazer uma retrospectiva da sessão
2ª Possibilidade:
Iniciar com a utilização da Caixa Lúdica, momento de criar vínculos positivos entre o Pp e o atendente.
Link: Orientação Caixa Lúdica e E.O.C.A
3ª Possibilidade:
Iniciar com E.O.C.A e Roteiro de Observação.
Link:EOCA/PROCEDIMENTOS_DURANTE_TESTE_DE_PSICOPEDAGOGIA
FOLHA EOCA
E.O.C.A
ROTEIRO DA EOCA
Explicacões EOCA
4ª Possibilidade:
Entrevista Familiar Exploratória Situacional
5ª Possibilidade:
Entrevista com o Sujeito.
6ª Possibilidade:
AVALIAÇÃO PSICOLINGUÍSTICA
Link: Avaliação Psicolinguistica
Como podemos perceber existem várias possibilidades para iniciar a primeira sessão psicopedagógica, tudo vai depender da queixa apresentada e dos recursos disponíveis para o mesmo.
Mas o que realmente não pode faltar na primeira sessão é organização. Cadastrar e guardar os dados dos pacientes/aprendentes é a primeira coisa a ser feita em uma sessão. Antes de organizar qualquer material saiba que o cadastro e registro das sessões é de fundamental importância.
domingo, 13 de janeiro de 2019
Teste - HTP
O Teste HTP do inglês, House, Tree, Person é um teste de grafismo aplicado em avaliações psicológicas, sendo frequentemente utilizado em testes de admissão de empresas e por órgãos do serviço público.
Fundamentos
O teste HTP deriva da interpretação das teorias de Sigmund Freud, ampliando-se o conceito de que "A criança é o pai do homem".
Considerando que o desenho é um hábito comum entre as crianças, o teste HTP, aplicado em adultos, é utilizado para a detecção da realidade interna, tentando ultrapassar a barreira sobre como utilizamos uma máscara: a beleza, perfeição e estética. Neste sentido, através do uso do desenho, busca-se a exatidão da psique através do que se revela: a essência, o fenômeno existencial, o homem como é.
Traços de personalidade
O teste consiste em se submeter uma folha em branco com o tema Casa, Árvore e Pessoa. Através da análise do desenho produzido busca-se um traço de personalidade: a imagem interna de si mesmo e de seu ambiente.
Considera-se, no teste HTP, que os desenhos têm grande poder simbólico, reveladores de experiências emocionais e de ideais ligados ao desenvolvimento da personalidade.
FONTE
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/diagnostico/10325
Teste WISC
O teste WISC consiste de algumas provas que propõem perguntas sobre:
Prova Um: Informação (que testa o domínio dos conhecimentos gerais),
Prova Dois: Compreensão (remetem a vivência pessoal e situações de natureza social),
Prova Três: Aritmética (verifica a capacidade de o sujeito usar conceitos numéricos abstratos e operações aritméticas indicativas de seu desenvolvimento cognitivo),
Prova Quatro: Semelhanças (exige um raciocínio de inclusão de classes, em que o sujeito busca aspectos qualitativos das relações básicas entre as coisas que podem ser aparentemente distintas),
Prova Cinco: Vocabulário (reflete o nível cultural, de escolaridade e o meio sociocultural em que vive. Pretende dar uma visão da capacidade da criança, para adquirir informações, de sua riqueza de ideias, do tipo e da qualidade de sua linguagem),
Prova Seis: Números (explora-se nesse teste o nível de concentração e atenção, a memória verbal de números),
Prova Sete: Completar figuras (o sujeito deve nomear ou apontar o que falta. Exige atenção e identificação visual de objetos, com uma rápida discriminação do que é essencial no global da figura),
Prova Oito: Arranjo de figuras (explora a percepção de detalhes nos diferentes cartões, englobados numa compreensão lógica no total. Usa situações sociais do cotidiano e de fácil ocorrência no meio),
Prova Nove: Cubos (explora a percepção, análise, síntese e reprodução de desenhos abstratos. É uma prova não verbal, que usa relações espaciais para verificar aspectos de raciocínio lógico. É necessária também certa coordenação visomotora),
Prova Dez: Quebra-cabeça (requer uma percepção de detalhes com boa antecipação visual das relações parte-todo, síntese de formas visuais concretas, coordenação visomotora, flexibilidade para trabalhar em meta desconhecida),
Prova Onze: Código (explora a capacidade de aprender a associação de símbolos e formas ou números, revelando a destreza visomotora e a coordenação motora fina).
FONTE
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/diagnostico/10325
Provas do Diagnóstico Operatório
As provas do diagnóstico operatório contemplam as atividades que objetivam:
1. Conservação de pequenos conjuntos discretos de elementos
2. Conservação das quantidades de líquidos (transvasamento)
3. Conservação da quantidade de matéria (quantidade
contínua)
4. Conservação do comprimento
5. Conservação do peso
6. Conservação do volume
7. Classes - mudança de critério (dicotomia)
8. Quantificação da inclusão de classes
9. Intersecção de classes
10. Seriação de bastonetes
11. Prova de combinação de fichas duplas para pensamento formal
12. Permutações possíveis com um conjunto determinado de fichas
FONTE
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/diagnostico/10325
Técnica: Situação Agradável e Desagradável
A presente técnica tem como objetivo verificar o que o sujeito revela ou está por revelar, por meio da projeção no papel, o conteúdo manifesto ou latente de sua problemática de aprendizagem, ou mesmo do contexto familiar que o mantém impossibilitado para o conhecimento escolar e/ou de vida. A técnica em si, além do objetivo a que se propõe, auxiliará o terapeuta a confirmar ou refutar hipóteses levantadas anteriormente.
Para sua aplicação dever estar disponíveis para o sujeito os seguintes materiais:
papel sulfite ou colorido, canetas hidrográficas de diversas cores. Papelão de tamanhos variados, lápis de cor, no mínimo uma caixa contendo doze unidades, tinta guache com cores básicas, massa de modelar (em potes), lápis preto nº2, borracha, apontador, pincel atômico: vermelho e azul, lápis de cera de uma espessura mais forte, papéis coloridos, régua, tesoura e cola.
Esses materiais tem a finalidade de liberar a criatividade, seduzindo o sujeito para a execução de "algo", que muitas vezes, ele mesmo nem sabe, conscientemente, o seu produto final.
A consigna é: "Gostaria que você mostrasse para mim, uma situação de que gosta muito." Deve-se acrescentar: "Use o que quiser desses materiais." Ao término da atividade o terapeuta deve indagar sobre o que foi feito, explorando o conteúdo latente do material. Em seguida, ou mesmo em outra sessão, deve-se solicitar ao sujeito que mostre, utilizando os materiais, uma situação de que não gosta.
FONTE
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/diagnostico/10325
Técnica Psicopedagógica do Desenho da Família
Essa técnica tem como principais objetivos:
- Por meio do desenho da família, verificar como a criança se coloca no contexto familiar, seus vínculos afetivos com as pessoas e com o conhecimento, com a finalidade de subsidiar o teste Pareja Educativa (a relação do ser que ensina com o ser que aprende) e levantar os déficits cognitivos aparentes.
- Propicia também a leitura de forma pela qual a criança se percebe diante do saber e consequentemente a sua síntese cognitiva sobre o "não aprender", deixando claro no contexto latente a função da "doença", para ela e no meio familiar. A aplicação e análise do teste da família se baseiam na prática pedagógica.
Na análise desse desenho, temos verificado que as crianças que apresentam desajustes ou inadequação ao ambiente familiar revelam no desenho alguma problemática nesse sentido, o que pode, segundo Visca (1987), trazer consequências desastrosas ao vínculo com o conhecimento.
O psicopedagogo deve estar atento para a análise dos conteúdos manifestos e latentes, tais como:
- afetividade - proximidade, distanciamento ou omissão dos vínculos; - aspecto motor ou de vinculação coma tarefa - tipo de traçado, - maturidade cognitiva do desenho. Com a finalidade de observar se o caso merece uma avaliação psicológica (caso de encaminhamento), solicita-se á criança que primeiro desenhe a família que gostaria de ter (a ideal), em seguida, sobre sua família (real). Pede-se a seguir que dê nomes e idades e fale sobre os desenhos, verificando a correspondência coma realidade da criança, estruturação das frases, sequenciação (início, meio e fim),
FONTE
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/diagnostico/10325Técnica Psicopedagógica da Figura Humana
A presente técnica tem como objetivos:
- Verificar na criança, por meio do seu desenho, o nível de maturidade cognitiva (indicadores) e psicológica para o início da escolaridade;
- Obter indicadores pela associação do desenho da figura humana, associado aos aspectos psicomotores, sobre o esquema corporal da criança. Essa técnica mede o nível de maturação para a aprendizagem da leitura e da escrita.
A organização desse teste partiu do pressuposto que a elaboração é normalmente influenciada pelo treinamento, em geral adquirido na pré-escola. Esse aprendizado, segundo os autores, parece refletir de forma específica na execução da figura humana. O esquema corporal é a consciência imediata do nosso corpo. Toda vez que a criança desenha, tende a revelar-se, pois, para ela, o desenho é mais um veículo para exprimir ideias do que uma técnica de produção artística.
As crianças, que rabiscam seus desenhos ou ficam envergonhadas diante de sua produção ou fazem uma figura estranha e contorcida, devem ser observadas, pois são possíveis portadoras de sintoma de comportamento perturbado ou de problemas emocionais.
FONTE
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/diagnostico/10325
Técnica Psicopedagógica do Desenho Livre
Os objetivos dessa técnica são:
- verificar, por meio da análise dos conteúdos manifestos e latentes, no desenho, os aspectos afetivos, cognitivos, motores e emocionais que elucidam a dificuldade de aprendizagem;
- analisar a produção do sujeito em relação à produção de crianças da mesma série;
- observar o desenho como um todo e interpretá-lo levantando em consideração as hipóteses levantadas na aplicação de outras técnicas.
A técnica consiste em oferecer à criança papel sulfite, lápis preto, lápis de cor e borracha.
Dá-se a seguinte consigna: "Desenhe o que você quiser." Observa-se a execução de movimentos, o envolvimento da criança com a sua produção, a forma pela qual utiliza os materiais e as dificuldades apresentadas.
Executado o desenho, pede-se para a criança falar sobre o que desenhou objetivando verificar significantes significados e a construção do pensamento.
Pode-se solicitar que o sujeito escreva o que falou sobre o desenho.
Avaliam-se os seguintes aspectos:
- Motores: movimento, tipo de traçado.
- Cognitivos: a adequação das formas, detalhes e tamanhos dos objetos, buscando relacioná-los com o conteúdo verbal.
- Afetivos: verificam as cores utilizadas, o vínculo coma situação de execução do trabalho e o conteúdo manifesto do desenho quanto à proximidade ou distância dos objetos em relação à criança. É importante buscar relacionar a execução e produção do desenho com o grafismo da criança.
- Análise da escrita: o conteúdo na escrita tende a ser menos extenso do que a narrativa. Quando este é muito restrito, revela um bloqueio na vinculação do sujeito, com sua produção, pelo medo do ataque.
Deve-se ater à análise dos seguintes aspectos:
- dificuldade na construção de palavras e frases;
- em que período silábico a criança se encontra;
- que tipo de erro é cometido, se é perseverante ou não;
- presença de trocas de letras, perseverantes ou não;
- se os erros cometidos são decorrentes de um déficit na alfabetização, com a finalidade de pesquisar se a causa é decorrente de uma insuficiente pedagogia escolar ou familiar;
- tipo de escrita: repassada; letra muito pequena ou muito grande; pressão do tônus muscular, déficit de coordenação motora; déficit na noção têmporo-espacial; uso excessivo de borracha.
FONTE
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/diagnostico/10325
Técnica do "EU" Ideal e Real
Em todo diagnóstico psicopedagógico, o avaliador deve direcionar suas conclusões no sentido de separar o que é causado pela escola, pela família e o que é do próprio sujeito, como elementos orgânicos e/ou da interação dos grupos anteriores, ficando depositário das deficiências e "atrapado" para o conhecimento.
Essa técnica tem como objetivos:
- levantar os aspectos afetivo-cognitivos que impedem a aprendizagem que são pertinentes ao próprio sujeito;
- detectar por meio da projeção no desenho como este se percebe, subsidiando a confirmação de hipótese e delineando o trabalho de tratamento;
- verificar a quantidade de afeto que o sujeito despende a si mesmo, na questão do amor próprio, aceitação ou rejeição;
- analisar o desenho do ponto de vista cognitivo (maturacional), correspondente à realidade e motor.
Para a execução dessa técnica utiliza-se papel sulfite, lápis preto, borracha, régua, apontador (os materiais deverão estar dispostos sobre a mesa).
A aplicação da mesma constará de quatro momentos:
1º Momento: elaboração do desenho pelo sujeito. Dá-se a seguinte consigna: "gostaria que você me mostrasse, desenhando, como gostaria de ser."
2º Momento: Solicita-se que fale sobre o desenho. O aplicador deve explorar ao máximo, utilizando-se de questionamentos (todo relato deve ser anotado).
3º Momento: "agora, gostaria que você desenhasse como você é.".
4º Momento: Tem-se o mesmo procedimento do segundo momento.
Toda dinâmica deve ser anotada. A avaliação deve ser feita direcionada pelos objetivos e levando-se em conta outros aspectos emergentes.
FONTE
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/diagnostico/10325Coleção Papel de Carta
O teste
Coleção de Papel de Carta (CPC) objetiva detectar os aspectos afetivos, cognitivos e emocionais (subjacentes à aprendizagem) na criança ou adolescente, que explicam os bloqueios e inibições presentes na aprendizagem. Contém as lâminas para aplicação e manual de orientação com os referidos procedimentos para diagnóstico (CHAMAT, 1997).
Com a apresentação das seis lâminas do teste pretende:
- levar a criança a projetar-se nos personagens, possibilitando detectar possíveis causas de suas dificuldades de aprendizagem, pela análise dos aspectos manifestos e latentes de sua elaboração, bem como a análise de sua escrita;
- levantar as possíveis causas da dificuldade de aprendizagem da criança no campo afetivo-cognitivo e a problemática emocional subjacente à aprendizagem quanto aos obstáculos que emergem na relação com o conhecimento;
- analisar os esquemas de pensamento utilizados pelo sujeito, na estruturação das histórias, bem como os aspectos relacionados com sua função semiótica, isto é, os recursos disponíveis quanto aos significantes e significados;
- processar uma análise específica de sua produção escrita, quanto à estruturação da história e os tipos de erros cometidos, a fim de subsidiar o trabalho psicopedagógico.
As laminas tem as seguintes descrições:
Lamina 1 - Comunicação
Lamina 2 - Vinculação afetiva
Lamina 3 - Recebimento de afeto
Lamina 4 - Interação Familiar
Lamina 5 - Relação com aprendizagem
Lamina 6 - Prognóstico
A análise da escrita ocorre em função da escolha da lamina que mais gostou, com vistas à detecção da problemática descrita no manual (CPC). A aplicação da CPC deve ser efetuada na fase diagnóstica, após terem, aplicador e sujeito, tido algum contato anterior, quer seja pelo do estabelecimento de um rapport ou mesmo pela aplicação de alguma outra técnica em sessão anterior.
FONTE
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/diagnostico/10325
Técnica Coleção Bonecas
A técnica a seguir propõe os seguintes objetivos:
- verificar na criança a vinculação com uma situação nova e desconhecida e com um instrumento que gera confusão, consequentemente a presença dos processos de recalque;
- levantar os esquemas de pensamento de que a criança dispõe, tais como classificação, seriação, conservação, pré-reversibilidade têmporo-espacial, lateralidade, inclusão de classes, ordem crescente-decrescente, critérios como em cima, embaixo, com, sem, direita, esquerda e discriminação de detalhes no campo perceptual.
Os materiais utilizados para essa técnica são:
36 cartelas com figuras semelhantes, em sua estrutura básica, formando três subcoleções.
Cada subcoleção é formada de 12 figuras (louras, ruivas e morenas), sendo estas assim divididas:
6 de cabelos compridos e 6 de cabelos curtos.
Todas as subcoleções tem como elementos básicos o perfil, a cor do vestido, com sardas e a mesma figura sem sardas.
Como variante fornecem com margarida e rosa, sem margarida e rosa, com rosa e sem rosa.
Para a aplicação, solicita-se à criança que agrupe as figuras (depois de embaralhadas) da forma que considerar melhor. Em seguida, pede-se que esta explique o que fez e o porquê da ação.
Para este trabalho, pode-se oferecer à criança uma, duas ou as três subcoleções (loiras, ruivas ou morenas), dependendo do estágio cognitivo que o aplicador supor que a mesma se encontre.
Sugere-se que o aplicador inicie (para uma criança do período operatório concreto) com duas subcoleções. Caso haja domínio da tarefa pelo sujeito, deve-se introduzir a terceira subcoleção.
Por três ou mais vezes, tendo a criança realizado, e explicado a tarefa solicitada, pode-se explorar o material conforme sugestões a seguir:
- retirar uma figura e perguntar o que falta;
- solicitar que monte uma sequencia com uma subcoleção e oferecer outra para que encaixe na sequencia montada;
- retirar as figuras que estão acima das figuras;
- armar uma sequencia e colocar figuras diferentes e solicitar à criança que retire e arme as semelhanças;
- solicitar ao sujeito para armar duas sequencias e pedir-lhe para apontar as figuras que não tem.
Nessa atividade, toda ação do sujeito deve ser questionada.
A dinâmica da aplicação deve ser registrada, bem como todas as respostas e ação do sujeito.
Para a avaliação, deve-se construir um quadro contendo todos os itens dos objetivos, para irem sendo preenchidos, de acordo com a ação e respostas do sujeito. Deve-se acrescer o item dinâmica da aplicação. A confirmação dos resultados pode ser obtida por meios das provas operatórias.
FONTE
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/diagnostico/10325
Aplicação Sessão Lúdica - Mãe-filho(a)
Essa técnica tem como objetivos principais:
- Levantar os modelos de aprendizagem internalizados pelo sujeito, com a leitura dos aspectos manifestos e latentes presentes na interação mãe-filho (a) durante a atividade;
- Verificar a forma pela qual ambos se vinculam a situações novas e desconhecidas e, consequentemente, com o conhecimento;
- Pesquisar os esquemas de pensamento utilizados por ambos, em situações de conflito que demandam soluções;
- Detectar o tipo de vínculo que predomina nessa interação e a forma pela qual a mãe ensina a criança a lidar com a aprendizagem.
A avaliação dessa técnica deverá ser oriunda da leitura dos aspectos implícitos nos objetivos propostos. Após a interpretação dos dados as hipóteses serão levantadas e direcionadas para a explicação das possíveis causas da dificuldade de aprendizagem da criança. Com base nas hipóteses levantadas por essa técnica e pela confirmação das hipóteses anteriores o examinador deverá planejar sua intervenção, delineando os instrumentos a serem utilizados em uma sessão posterior.
FONTE
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/diagnostico/10325
Técnica Psicopedagógica dos Rabiscos
Essa técnica é funcional tanto no diagnóstico como no tratamento psicopedagógico. A técnica em questão consiste em colocar sobre a mesa: papel sulfite, lápis preto, apontador, borracha, giz de cera, canetas hidrográficas e lápis de cor, para que o sujeito use o material de sua preferência.
A seguir pede-se ao sujeito que faça um rabisco qualquer no papel e esclarece-se a ele que o terapeuta vai continuar o seu rabisco (com um marcador diferente) e que ambos vão construir algo até que o examinando considere executada a tarefa.
Em seguida, solicita-se ao sujeito que pergunte com o que se parece o desenho. Partir desse momento inicia-se o inquérito, sempre argumentando e contra argumentando com o sujeito.
Essa técnica tem como objetivos:
- obter dados a respeito do significado do desenho realizado e seus significantes para o processo de aprendizagem;
- verificar os pontos de desequilíbrio no sujeito, que expliquem o processo de recalque do pensar (bloqueios cognitivos);
- obter indicadores de uma problemática orgânica ou emocional que desorganiza o pensamento, a fim de processar os devidos encaminhamentos.
FONTE
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/diagnostico/10325
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