domingo, 20 de agosto de 2023

Sublimação: a arte de reorientar nossas angústias

 


Podemos liberar nossas tensões através da sublimação. Trata-se de uma forma incomparável de reorientar nossas angústias a algo que seja mais saudável. Assim, reforçamos nosso bem-estar.

Às vezes, acumulamos angústias tão grandes que não sabemos como lidar com elas. Trata-se de um sofrimento intenso, que vamos deixando que, pouco a pouco, se apodere de nós.

No entanto, existem mecanismos para nos defender e colocar uma barreira nesse sentimento tão profundo. Através da sublimação, podemos conseguir redirecionar esse sofrimento.

Então, embora seja próprio da natureza humana passar por momentos difíceis que nos causam mal-estar, podemos estabelecer um limite para as nossas angústias. Até mesmo reorientá-las, dando-lhes uma direção mais saudável. Isso não é maravilhoso?

Através da sublimação, podemos dar outra forma ao sofrimento. A seguir, vamos contar um pouco mais sobre o que falamos exatamente, quais são seus benefícios e algumas formas de sublimar.

“Nossos complexos são a fonte da nossa fraqueza. Mas com frequência também são a fonte da nossa força”.
-Sigmund Freud-

Sublimação: do que se trata?

A sublimação é uma parte dos mecanismos de defesa descritos por Sigmund Freud. Um mecanismo de defesa é uma via com a qual contamos para enfrentar nossas angústias. Estas surgem, por exemplo, quando temos um medo com o qual não sabemos lidar.

No caso da sublimação, surge para redirecionar nossos impulsos a algo que seja socialmente aceito. Freud sugeriu que se trata de uma via de elaboração das pulsões com a capacidade de deslocá-las.

Assim, podemos entender que é um mecanismo através do qual somos capazes de reorientar nossas angústias em direção a uma conduta que não nos cause prejuízos no âmbito social.


Nas palavras de Freud, “a cultura repousa totalmente na coerção dos instintos”. Nesse sentido, afirmaríamos que há assuntos aceitos no âmbito cultural e, através da sublimação, poderíamos reorientar o que nos causa angústia a tais assuntos ou níveis de expressão (como pintura, literatura, escultura, etc).

No entanto, Freud não foi o único que falou sobre esse conceito: alguns de seus contemporâneos e sucessores também o fizeram (e continuam fazendo).

Por exemplo, Nietzsche formulou o conceito na mesma época que Freud, mas deu maior ênfase à sublimação artística, referindo-se à arte como um Deus salvador. Jaques Lacan também mencionou o conceito, mas deu destaque à sublimação como uma satisfação substitutiva.

Mesmo atualmente, esse conceito continua a ser estudado. Por exemplo, Javier Cuevas del Barrio dedicou, em sua tese de doutorado (Universidade de Málaga, na Espanha), uma seção ao conceito da sublimação. Ele se concentrou na influência desse conceito na arte das vanguardas e explorou a sua transformação através de vários autores.

Muito além da criação artística

Ao longo do tempo, desde que foi formulado o conceito de sublimação, fala-se que uma forma de redirecionar o sofrimento é por meio da arte, mas existem outras.

Embora a arte seja um veículo mobilizador das emoções, que atua de forma inigualável como suporte para representar nossos aspectos inconscientes e conscientes, há outras formas de sublimar.

Como na sublimação ocorre o redirecionamento a algo que seja aprovado socialmente, é possível realizá-la através de diferentes vias. Uma forma bastante estudada também é por meio do trabalho.

Podemos transferir nossas angústias a algo que seja aceito pela nossa cultura, que neste caso seria trabalhar. Por exemplo, um cirurgião que, em vez de seguir seus instintos, faz operações, algo socialmente aceito. Assim, descarrega suas tensões.


Além disso, podemos sublimar praticando esporte. Trata-se de redirecionar nossas angústias ao exercício físico. Uma forma ímpar de liberar a energia que nossos impulsos podem conter. Além disso, ao praticar esportes produzimos endorfinas, um neurotransmissor que cuida do nosso humor.

Outra maneira de sublimar que talvez não identifiquemos como tal é através das novas tecnologias. São recursos maravilhosos que utilizamos diariamente para sair das nossas angústias. Por exemplo, podemos assistir séries que incluam acontecimentos inaceitáveis no mundo real, como matar. 

Benefícios da sublimação

É difícil ter consciência dos nossos mecanismos de defesa porque eles agem em um espaço de difícil acesso para a nossa consciência, até mesmo com angústias que não somos capazes de reconhecer. Estando conscientes ou não, a sublimação pode nos trazer grandes benefícios.

Vamos ver alguns deles:

  • Protege nossa psique.
  • Alivia tensões.
  • Fomenta os processos de socialização.
  • Facilita a compensação psicológica.
  • Altera estados mentais que podem ser prejudiciais.
  • Diminui o estresse.

Cada forma de sublimar representa um benefício para a nossa saúde mental. Embora não tenhamos consciência desse mecanismo, podemos conseguir descobrir como ele age em nós. O autoconhecimento e a psicoterapia são uma grande opção para explorá-lo.

A sublimação é um mecanismo de defesa que age como um guia para nossas angústias. Ela as leva a outro plano, no qual se expressam de uma forma mais saudável. Então, é uma forma através da qual nossa mente nos protege.

Em vez de seguir nossos impulsos e fazer coisas fora da lei, passamos a orientar nossas angústias a assuntos que sejam compreensíveis para a nossa sociedade, liberando, assim, nossas tensões.

Escrito pela psicóloga: María Alejandra Castro Arbeláez.

FONTE: https://amenteemaravilhosa.com.br/sublimacao-arte-reorientar-nossas-angustias/

 


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terça-feira, 18 de julho de 2023

Claudio Naranjo: o que é gestalt?


O psiquiatra chileno Claudio Naranjo é uma das maiores autoridades em gestalt no mundo. Nesta entrevista, o indicado ao Nobel da Paz fala sobre a origem da terapia gestalt e sua abordagem holística sobre ser humano.

 

segunda-feira, 17 de julho de 2023

Gestalt: o que é, princípios e aplicações na psicologia

 



O que é Gestalt?

Gestalt é uma palavra que diz respeito àquilo que faz o todo algo diferente de só uma soma de partes. Nós somos um todo, mas nós, com frequência, não temos plena consciência desse todo, nem do que nos incomoda ou deixa triste.

Nesse sentido, a Gestalt é um caminho da terapia que tenta expor o presente e o agora de forma nua e crua, para que nossos saberes e achismos não interfiram.

Qual a origem da Gestalt?

Em 1890, o filósofo austríaco Christian von Ehrenfels apresentou os critérios da Gestalt pela primeira vez, na Universidade de Graz. Além dele, os pioneiros da Teoria da Gestalt são Max Wertheimer, Kurt Koffka, Kurt Lewin e Wolfgang Köhler.

Quem criou a Gestalt-terapia foi Fritz Perls, formado como psicoterapeuta e psicanalista. Ele e sua esposa, Laura Perls, junto ao psicoterapeuta, escritor e crítico político Paul Goodman, criaram a maior parte da base que temos hoje na abordagem. E o grande surgimento da Gestalt se dá em 1968, durante o movimento da contracultura e a busca de novos valores humanistas para a época.

A teoria histórica da Gestalt-terapia implica que o nosso campo perceptivo se organiza de modo espontâneo. E pode parecer confuso, mas calma!

Na verdade, isso quer dizer que você não precisa forçar a verdade dentro de você, forçar seus desejos e vontades. Mas sim que criamos as nossas visões de mundo e nossa consciência de forma livre, a partir do que aprendemos do mundo.

O primeiro nome que Fritz queria dar para a Gestalt era “terapia da concentração”, um nome que foca bastante no objetivo da Gestalt-terapia: que o paciente foque e se concentre apenas nele mesmo.

Conceito básico de Gestalt

Segundo a gestalt, se considera a “experiência crua imediata” como algo confiável. Ou seja, a experiência “como ela é” é um fator super importante para essa terapia! Sendo assim, todos os assuntos são dignos de falar e discutir. Em outras palavras, sem julgar algo que o paciente traz como bobo. 

A Gestalt-terapia foca muito no “agora”, já que o processo de ter consciência sempre acontece no aqui-e-agora. Além disso, a Gestalt é flexível e não promove uma mudança rápida; ela é um processo que se molda conforme o paciente e sua necessidade.

Isso não quer dizer que o gestalt-terapeuta não vá trabalhar também com o passado da pessoa. Entretanto, o modo de trabalho será diferente das que vemos em outras abordagens terapêuticas.

Além disso, a Gestalt entende que o passado se repete no aqui e agora. Então, é preciso, sim, olhar para o passado e trazê-lo para o presente, cuidando de traumas e situações ruins que precisam ser revividas para serem curadas.


O Gestalt é usado apenas na psicologia?

Não mesmo! Apesar da gestalt ser usada na terapia (e ter influência em outras abordagens além da gestalt-terapia), também vemos seus princípios em outras profissões. A gestalt tem muito uso na área de design, porque ajuda a entender como o mundo recebe as ideias e formas.

Podemos ver também a gestalt na área clínica, na área hospitalar, no Coaching, nos recursos humanos, na educação com a gestaltpedagogia e em atendimentos diversos como apoio a idosos, psicossomática, etc.

Os 8 princípios da Gestalt

Esses oito princípios são as leis da gestalt (também conhecida como “Lei da Simplicidade”). São usadas, acima de tudo, na área de criação de conteúdo, como parte teórica. Veja que interessante:

1. Lei da Pregnância (ou boa forma)

A pregnância vai nos mostrar o quão rápido se pode perceber e assimilar algo. Assim, portanto, mostra a eficiência da comunicação. Assim, se nota os objetos da forma mais simples possível.

2. Lei da Unidade

Trata-se de um elemento que se torna parte uma parte que não pode ser retirada do todo. Ou seja, ele se liga com outros elementos e todos eles se tornam subunidades, existindo um todo que é a unidade.

3. Lei da Segregação

O nosso cérebro consegue dividir esse todo nas unidades que o compõem. Assim, fica mais fácil interpretar o todo.

4. Lei da Proximidade

Em contraste com o que acabamos de ver, o nosso cérebro costuma processar elementos muito colados como um todo. Ou seja, elementos próximos, que se encaixam, são processados pelo cérebro como conjuntos ou unidades.

Para fazermos a segregação, os elementos podem estar mais afastados, enquanto na lei da proximidade estamos falando de elementos unidos.

5. Lei da Semelhança

O nosso cérebro tende a agrupar na memória objetos e elementos que são semelhantes. É por isso que reconhecemos uma cadeira, não importa quantos apoios ela tem.

6. Lei da Unificação

Quando há pregnância, unidade, proximidade e semelhança entre objetos de um mesma grupo, podemos afirmar que há uma unificação perfeita. Um ótimo exemplo dessas leis são as mandalas.

7. Lei da Continuidade

Os objetos da nossa realidade tendem a ter uma harmonia do começo ao fim, o que é prazeroso para a nossa visão. Um exemplo disso seria uma imagem com cores em degradê.

8. Lei do Fechamento

Esse princípio afirma que o nosso cérebro precisa concluir formas que vemos inacabadas ou abertas. Nós conseguimos prever toda a estrutura pelo o que recebemos.


Técnicas utilizadas na gestalt-terapia

Você sabia que a gestalt-terapia utiliza algumas das ideias da Psicanálise para entender a mente humana? Pois é! Mas elas foram usadas em contextos bem diferentes da psicanálise que era praticada na época do início da Gestalt.

A psicologia da Gestalt é uma “terapia de contato”, devido a essa conexão do paciente com o seu interior, procurando perceber o que ele quer naquele momento.

Além disso, a função principal do terapeuta na sessão é prestar atenção nos detalhes da experiência que estão fugindo da atenção do paciente, e então mostrar esses detalhes à ele. Chamamos essa percepção de “awareness” e às vezes o paciente não mantém todos os detalhes em sua “awareness”. Por isso, o terapeuta o ajuda a notar todos os aspectos da experiência.

Na sessão de terapia, o importante será o conteúdo falado no momento, como o paciente quiser falar, e quando quiser falar. A terapia para a Gestalt é o próprio processo de “awareness” que falamos mais acima, o processo de ter consciência e se reconhecer. O papel do terapeuta, aqui, é o de encorajar para que o paciente seja o que é.

A Gestalt-terapia, no final das contas, é uma psicoterapia que une o diálogo e a fenomenologia. 

Quase nunca você vai ouvir um Gestalt-terapeuta te perguntar “Por quê?” Eles se baseiam muito mais no como e no o quê do que na causa e efeito das questões do paciente. As intervenções do Gestalt-terapeuta são sempre sobre o processo da situação. Assim, o cliente vai estar mais em contato com ele mesmo, como falamos acima.

Um dos princípios mais importantes da Gestalt é o respeito incondicional ao sofrimento humano. (...) Sem um terapeuta humanizado, nenhuma técnica funciona bem.

FONTE: https://www.blogger.com/blog/post/edit/3034414634056562020/5446126750545682508

quinta-feira, 25 de maio de 2023

O que é o funcionalismo na psicologia

 



A escola do funcionalismo é considerada a combinação da ciência, da preocupação pelo prático, da ênfase no indivíduo e da teoria da evolução. Ela tem seu início no final do século XIX.

O início formal do funcionalismo começou com a publicação do livro Princípios de Psicologia, de James. Essa escola é anterior ao estruturalismo de Titchener e evolui paralelamente a esta, no entanto, obtém muito mais seguidores e acaba por desbancá-la.

O funcionalismo considera a consciência das pessoas como uma corrente que muda constantemente. Ela tem as características de ser pessoal (reflete as experiências particulares de cada um) e contínua (não pode ser dividida para sua análise).

Os autores dessa corrente, pelo interesse particular que têm em conhecer a razão dos processos mentais, começam a se preocupar com a motivação. Ou seja, se preocupam em conhecer aquilo que nos leva a agir para satisfazer nossas necessidades.

Características do funcionalismo em psicologia

A psicologia funcionalista possuía diversos temas de interesse:

  • Se opôs ao que considerava a busca inútil de elementos da consciência.
  • Pretendem conhecer a função da mente em vez de proporcionar uma descrição estática dela. Consideram que os processos mentais têm como função ajudar o organismo a se adaptar ao ambiente.
  • Consideram a psicologia uma ciência prática e procuram aplicar suas descobertas na melhoria da vida.
  • Tem grande interesse na razão dos processos mentais. Pretendem conhecer como a vontade de um organismo age de maneira diferente no mesmo ambiente à medida que as necessidades do indivíduo mudam.
  • Consideram a introspecção como uma das muitas ferramentas válidas de pesquisa.
  • Valorizam as diferenças individuais: estão mais interessados no que diferencia os organismos do que no que eles têm em comum.
  • Todos os funcionalistas são influenciados, em maior ou menor grau, por James, que por sua vez foi influenciado pela teoria da evolução de Darwin.

Teoria do funcionalismo na psicologia: princípios


Para os funcionalistas, as suposições relativas à mente derivavam da teoria da evolução e seu objetivo era conhecer o funcionamento da mente e do comportamento na tentativa de ajudar o organismo a se adaptar ao ambiente. Para isso, as ferramentas de pesquisa incluíram tudo que possuía um valor informativo, inclusive a introspecção, o estudo do comportamento animal e o estudo das doenças mentais.

O criador dessa corrente considerava que se uma ideia funcionava, era válida. Ou seja, afirmava que o único critério que deveria ser empregado para julgar uma ideia era a utilidade da mesma. James indicou que, ao empregar o método científico na psicologia, era completamente necessário supor que todo comportamento dos homens estava determinado.

Esse pensamento é conhecido como pragmatismo, onde qualquer crença, comportamento ou pensamento deve ser julgado por suas consequências. Através desse pensamento, delimitou dois tipos diferentes de mentalidades:

  1. Mentalidade terna: caracterizada por serem pessoas otimistas, religiosas e dogmáticas.
  2. Mentalidade difícil: pessoas empiristas, ateus e pessimistas.

No entanto, para ele, o pragmatismo consistia no comprometimento de ambas as mentalidades, em aceitar o melhor de ambas e usá-las da melhor maneira possível, de acordo com as circunstâncias que se apresentam.

O funcionalismo tinha a ideia central de que grande parte do comportamento, tanto animal como a humana, estava governada pelo instinto. E por isso foi proposta a teoria da emoção de James-Lange, uma das principais teorias da emoção, a qual alterava a tradicional afirmação de que a emoção era o resultado da percepção.

Para os autores dessa corrente, primeiro ocorre a percepção de um evento, o que resultará em uma reação corporal e, finalmente, a emoção será experimentada. Em termos de exemplo: se vemos um urso, para James, o processo que realizamos é: primeiro notamos a presença do urso o urso, depois corremos e, finalmente, ficamos assustados.

Essa teoria foi posteriormente criticada pelos behavioristas porque não estava baseada em experimentos controlados, portanto, suas teorias tinham pouco poder preditivo.

Autores do funcionalismo na psicologia

Os principais representantes dessa corrente psicológica são:

  1. William James: considerado como o precursor da psicologia do funcionalismo. Além disso, também foi o promotor do pragmatismo aplicado na psicologia.
  2. Harvey A. Carr: promotor do funcionalismo como uma escola do pensamento na psicologia estadunidense.
  3. James Rowland Angell: foi um dos principais expoentes da psicologia funcional.
  4. John Dewey: sua base funcionalista residia em sua queixa em relação às rígidas distinções que eram usadas para fazer entre sensações, pensamento e atos. Para ele, existia uma diferença entre estímulo e resposta, no entanto, essa deveria ser funcional e não existencial.
Bibliografia:
  1. Cervantes, R. (2016). Aportaciones a la psicología funcionalista. Universidad Vizcaya.
  2. Gonzalez, J. (2015). Historia de la Psicología. Universidad Jaume I.Sos, R. (2015). Historia de la Psicología. Universidad Jaume I.
  • FONTE: https://br.psicologia-online.com/o-que-e-o-funcionalismo-em-psicologia-caracteristicas-teoria-e-autores-357.html



sexta-feira, 12 de maio de 2023

DIFERENÇA entre a PSICANÁLISE, PSICOLOGIA e a PSIQUIATRIA




PSICANÁLISE é um campo CLINICO e de INVESTIGAÇÃO TEÓRICA da PSIQUE HUMANA independente da PSICOLOGIA, que tem origem na Medicina desenvolvido por SIGMUND FREUD, médico que se formou em 1881, trabalhou no Hospital Geral de Viena e teve contato com o neurologista francês Jean Martin Charcot, que lhe mostrou o uso da hipnose.

Ele propôs este MÉTODO para a compreensão e ANÁLISE do HOMEM, COMPREENDIDO enquanto sujeito do INCONSCIENTE, abrangendo 3 áreas: 1 - Um método de investigação do PSIQUISMO e seu funcionamento; 2 - Um sistema TEÓRICO sobre a vivência e o comportamento humano; 3 - Um método de tratamento caracterizado pela aplicação da técnica da Associação Livre. _______________________________________________________ A originalidade do conceito de INCONSCIENTE introduzido por Freud deve-se à proposição de uma REALIDADE PSÍQUICA, característica dos PROCESSOS INCONSCIENTES. Não é possível abordar o INCONSCIENTE diretamente. Só o conhecemos através de suas formações: ATOS FALHOS, SONHOS, CHISTES e sintomas diversos expressos no corpo. PSICANÁLISE refere-se à forma de ANÁLISE baseada nas teorias oriundas do trabalho de Freud é, assim, um termo + específico. _______________________________________________________ Essencialmente é uma TEORIA da PERSONALIDADE e um procedimento de PSICOTERAPIA; a PSICANÁLISE influenciou muitas outras CORRENTES de pensamento e disciplinas das CIÊNCIA HUMANAS, gerando uma base teórica para uma forma de compreensão da ETICA, da MORALIDADE e da CULTURA HUMANA. A essa definição elaborada pelo próprio Freud pode ser acrescentada um tratamento possível das NEUROSES, da PSICOSE e PERVERSÃO, considerando o desenvolvimento dessa técnica. _______________________________________________________ Em linguagem comum, o termo "PSICANÁLISE" é mtas vezes usado como sinônimo de "PSICOTERAPIA" ou mesmo de "PSICOLOGIA". Em linguagem + própria, no entanto, PSICOLOGIA refere-se à ciência que estuda o COMPORTAMENTO e os PROCESSOS MENTAIS e a PSICOTERAPIA ao uso clínico do conhecimento obtido por ela, ou seja, ao trabalho terapêutico baseado no corpo teórico da psicologia como um todo. _______________________________________________________ No início, tinha apenas um único objetivo — o de compreender algo da natureza daquilo que era conhecido como doenças nervosas ‘funcionais’, com vistas a superar a impotência que até então caracterizara seu tratamento médico. _______________________________________________________ Em sua opinião, os neurologistas daquele período haviam sido instruídos a terem um elevado respeito por fatos químico-físicos e patológico-anatômicos e não sabiam o que fazer do FATOR PSÍQUICO e não podiam entendê-lo. Deixavam-no aos filósofos, aos místicos e — aos charlatães; e consideravam não científico ter qualquer coisa a ver com ele. _______________________________________________________ Por outro lado, analisando-se o contexto da época observa-se que sua proposição estabeleceu um diálogo crítico à proposições WILHELM WUNDT (1832 — 1920) da PSICOLOGIA com a ciência que tem como objeto a CONSCIÊNCIA entendida na perspectiva NEUROLÓGICA (da época) ou seja opondo-se aos estados de COMA ALIENAÇÃO MENTAL. _______________________________________________________ O modelo PSICANALÍTICO da MENTE considera que a atividade mental é baseada no papel central do INCONSCIENTE DINÂMICO. _______________________________________________________ O contato com a realidade teórica da PSICANÁLISE põe em evidência uma multiplicidade de abordagens, com diferentes níveis de abstração, conceituações conflitantes e linguagens distintas. Mas isso deve ser entendido em um contexto histórico cultural e em relação às próprias características do MODELO PSICANALÍTICO da MENTE. _______________________________________________________ Ainda segundo o seu criador, a PSICANÁLISE cresceu num campo muitíssimo restrito. Após FREUD, muitos outros PSICANALISTAS contribuíram para o desenvolvimento e importância da psicanálise. Entre alguns, podemos citar MELANIE KLEIN, WINNICOTT, BION, ANDRE GREEN _______________________________________________________ No entanto, a principal virada da psicanálise, que conciliou ao mesmo tempo a inovação e a proposta de um "retorno a Freud" veio com o psicanalista francês JACQUES LACAN. _______________________________________________________ A partir daí outros importantes autores surgiram e convivem em nosso tempo, como: FRANÇOISE DOLTO SERGE ANDRÉ J-D NASIO JACQUES ALAIN MILLER DAVID ZIEMERMAN _______________________________________________________ AVANÇO DIS ESTUDOS: Uma das recentes tendências é a criação da NeuroPsicanálise segundo Soussumi, tendo como antecedentes a fundação do grupo de estudos de NEUROCIÊNCIA e PSICANÁLISE no Instituto de Psicanálise em 1994 com a participação de ARNOLD PFEFER, e o neurocientista da Universidade de Columbia como JAMES SCHWARTZ, que a partir de 1996, fica sobre a coordenação de MARK

quinta-feira, 11 de maio de 2023

Qual é a diferença entre a psicologia social psicológica e a psicologia social sociológica?

 


Qual a diferença entre psicologia social psicológica e psicologia social sociológica?

psicologia social psicológica se limita a explicar as ações do indivíduo a partir dos estímulos que recebe do exterior (os seus sentimentos, comportamentos e pensamentos, por exemplo). Já a psicologia social sociológica estuda os fenômenos que surgem nos diferentes grupos a partir da interação das pessoas com estes.

O que é um psicólogo social?

Psicologia Social estuda a relação do indivíduo com a sociedade. Ela observa comportamentos (ou suas intenções), nos momentos em que estamos cercados de outras pessoas. Uma de suas principais ideologias é que nosso comportamento é diferente quando estamos sozinhos e quando estamos em comunidade.

Onde surgiu a psicologia social sociológica?

A tradição da psicologia social sociológica inicia-se na França com Tarde e Le Bon e foi institucionalizada nos Estados Unidos, consistindo no efetivo modelo de sociologia praticada em seus primeiros anos naquele país. Dessa tradição fazem parte a Escola de Chicago e o Interacionismo Simbólico.

Quais seriam as principais diferenças entre as ciências sociais e a psicologia?

Uma das principais diferenças entre psicologia social e sociologia é que a psicologia estuda o efeito do social sobre o indivíduo, enquanto a sociologia se concentra nos fenômenos coletivos em si mesmos.

Quais são as principais diferenças entre a psicologia social crítica e a psicologia social PSI de base Norte-americana?

Em Psicologia Social Crítica, Guareschi (2004) sustenta que o conceito-chave da Psicologia social seria o conceito de relação. Essa afirmação revela uma contraposição à psicologia social norteamericana, que busca valores universais que regiriam as interações humanas.

Quais são os principais conceitos da psicologia social?

Dessa perspectiva, os principais conceitos são: a percepção social; a comunicação; as atitudes; a mudança de atitudes; o processo de socialização; os grupos sociais e os papéis sociais.

Qual o trabalho do psicólogo social?

psicólogo social atua em penitenciárias, asilos e centros de atendimento a crianças e adolescentes. Além disso, ele é responsável por elaborar programas e pesquisas sobre a saúde mental da população em geral.

Qual é o objetivo de estudo da psicologia social?

[4] “A psicologia social é o estudo científico da interdependência, da interacção e da influência entre as pessoas. A interdependência reflecte o facto de que a maior parte das coisas que uma pessoa deseja não pode ser obtida sem a colaboração de outras pessoas.

Onde surgiu a psicologia social psicológica?

Nasce na segunda metade do Séc XIX, em alguns países da Europa, e um pouco mais tarde nos Estados Unidos e outros países. Para alguns, a Psicologia Social surgiu no ano de 1859, junto com a edição da revista “ Grande Enciclopédia Soviética”, de Steintahl e Lazarus.

Em que país surgiu a psicologia?

psicologia é uma ciência muito nova, com a maioria dos avanços acontecendo nos últimos 150 anos. No entanto, suas origens remontam à Grécia antiga, entre 400 e 500 anos a.C. A ênfase era filosófica, com grandes pensadores como Sócrates influenciando Platão, que por sua vez influenciaram Aristóteles.

Qual a diferença entre ciência social e ciência humana?

As ciências sociais estudam os mais variados aspectos da sociedade e a influência do comportamento humano em uma determinada sociedade. Já as ciências humanas, embora também estudem o ser humano, são mais voltadas aos seus aspectos individuais, como é o caso da psicologia.

Qual é a diferença entre ciências sociais e humanas?

Já as Ciências Sociais estudam os interesses e necessidades dos seres humanos na sociedade. Na prática, o seu foco é o todo, enquanto as Ciências Humanas dão atenção às partes.

O que propõe a nova psicologia social ou psicologia social crítica?

A proposta é a afirmação de uma Psicologia Social Crítica aberta para novos modos de ser e agir, preocupada com os projetos de vida individuais e com a dinâmica dos processos históricos-sociais. Palavras-chave: Teoria, Prática, Práxis, Psicologia social crítica, Emancipação.

O que significa psicologia social crítica?

Psicologia Social Crítica situa o saber psicológico em geral como uma forma de entender, guiar e regular a vida cotidiana, procurando compreender e explicitar quais são os meios pelos quais uma “cultura psicológica” (Parker & Burman, 2008) é difundida e instituída, sendo instalada para além do conhecimento acadêmico …

Fonte:

https://www.vivendobauru.com.br/qual-e-a-diferenca-entre-a-psicologia-social-psicologica-e-a-psicologia-social-sociologica/