sábado, 11 de junho de 2016

Novas Mídias na Educação



“Repensar o papel e a função da educação escolar – seu foco, sua finalidade, seus valores […]”. 

Segundo este autor, “a tecnologia será importante, mas principalmente porque irá nos forçar a fazer coisas novas, e não por que irá permitir que façamos melhor as coisas velhas” (1993:153).

Assim, a introdução de novas mídias na educação conduz ao questionamento da função da escola e do papel do professor.


De acordo com Vigotsky (1989), o professor deve valorizar os interesses individuais dos alunos, o que corrobora com a ideia de que o aluno aprende muito melhor aquilo que lhe interessa. 

Segundo este autor, é necessário que haja a interação entre sujeito e objeto para que

haja a construção do conhecimento.

"Tanto Piaget como Vigotsky possuem uma concepção interacionista do desenvolvimento intelectual, e defendem que a inteligência “é construída a partir das relações recíprocas do homem com o meio, e que a cognição e emoção não estão separadas”. 

Neste sentido, Piaget (1973) afirma a importância dos jogos enquanto promotor do desenvolvimento da criança, pois à medida que ela interage com vários materiais, constrói objetos e reinventa coisas.

Assim, este autor aponta os aspectos pedagógicos do jogo na
medida em que o jogo é uma atividade que desenvolve a inteligência, a percepção e a experimentação. Conforme Piaget, os jogos representam meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual.



Na sociedade atual, fortemente marcada pelo avanço tecnológico, os jogos adquiriram um formato diferente dos jogos convencionais até então utilizados na escola.

Atualmente aparelhos como os consoles de videogames, celulares, leptops, e PCs, fazem parte
do dia a dia de adolescentes e crianças, os quais utilizam este aparato tecnológico para realizar
diversas atividades, dentre as quais a prática de jogos. 

Ultimamente, os jogos eletrônicos têm sido muito utilizados por crianças e jovens para se divertir, brincar e passar o tempo, tendo em
vista serem os games altamente atrativos pela natureza lúdica que possuem.

Conforme Freire:

A educação não se reduz à técnica, mas não se faz educação sem ela.
Utilizar computadores na educação […] pode expandir a capacidade crítica e criativa de nossos meninos e meninas. Depende de quem o usa, a favor de que e de quem, e para quê. O homem concreto deve se instrumentalizar com os recursos da ciência e da tecnologia para melhor lutar pela causa de sua humanização e de sua libertação.” (1995:98; 1979:22)


Vygotsky e o conceito de aprendizagem mediada


Para Vygotsky, o professor é figura essencial do saber por representar um elo intermediário entre o aluno e o conhecimento disponível no ambiente

Vez da experiência Para Vygotsky,
a presença de um adulto capaz de planejar
as etapas do aprendizado
é ponto central para a criança
adquirir conhecimentos do grupo de que faz parte

No início da infância, explorar o ambiente é uma das maneiras mais poderosas que a criança tem (ou deveria ter) à disposição para aprender. Ela se diverte ao ouvir os sons das teclas de um piano, pressiona interruptores e observa o efeito, aperta e morde para examinar a textura de um ursinho de pelúcia e assim por diante. Essa lista de atividades, entretanto, pode dar a impressão de que, para adquirir saberes, basta o contato direto com o objeto de conhecimento. Na realidade, boa parte das relações entre o indivíduo e seu entorno não ocorre diretamente. Para levar a água à boca, por exemplo, a criança utiliza um copo. Para alcançar um brinquedo em cima da mesa, apoia-se num banquinho. Ao ameaçar colocar o dedo na tomada, muda de ideia com o alerta da mãe - ou pela lembrança de um choque. Em todos esses casos, um elo intermediário se interpõe entre o ser humano e o mundo. 

Em sua obra, o bielorrusso Lev Vygotsky (1896-1934) dedicou espaço a estudar esses filtros entre o organismo e o meio. Com a noção de mediação, ou aprendizagem mediada (leia um resumo do conceito na última página), o pesquisador mostrou a importância deles para o desenvolvimento dos chamados processos mentais superiores - planejar ações, conceber consequências para uma decisão, imaginar objetos etc. 

Tais mecanismos psicológicos distinguem o homem dos outros animais e são essenciais na aquisição de conhecimentos. Vygotsky demonstrou essa característica referindo-se a diversos experimentos realizados com animais. Num deles, um macaco conseguia pegar uma banana no alto de uma jaula se visse um caixote no mesmo ambiente. No entanto, se não houvesse o caixote, o símio nem sequer cogitaria buscar outro objeto que o aproximasse de seu objetivo. O ser humano, por outro lado, agiria de forma diferente. "Enquanto o macaco precisa ver o instrumento, o ser humano consegue imaginá-lo ou conceber outro com a mesma função", afirma Marta Kohl de Oliveira, professora da Universidade de São Paulo (USP).
  • Fonte: http://novaescola.org.br/formacao/vygotsky-conceito-aprendizagem-mediada-636187.shtml

Lev Semenovich Vygotsky


Lev Semenovich Vygotsky foi um psicólogo bielo-russo, descoberto nos meios acadêmicos ocidentais depois da sua morte, aos 38 anos. Pensador importante foi pioneiro na noção de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida.

Lev Semenovich Vygotsky foi um psicólogo bielo-russo, descoberto nos meios acadêmicos ocidentais depois da sua morte, aos 38 anos. Pensador importante foi pioneiro na noção de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida.

Cronologia

  • 1896 – Nasceu em Orsha, na Bielo-Rússia;
  • 1917 -    Quando estudante na Universidade de Moscou foi um leitor ávido e assíduo de temas como Linguística, Ciências Sociais, Psicologia, Filosofia e Artes;
  • 1917 – Conclui seus estudos em Direito e Filologia (conjunto de conhecimentos necessários para se interpretar um texto);
  • 1917 – 1924 – Lecionou Literatura e Psicologia em Gomel e fundou a revista literária Verask;
  • 1924 – Inicia seu trabalho sistemático com auxilio de estudantes e colaboradores, com uma série de pesquisas em Psicologia do Desenvolvimento, Educação e Psicopatologia.
  • Participa do II Congresso de Psiconeurologia (estudo das interações entre cérebro e mente) em Leningrado, onde expõe com uma clareza impressionante para um jovem de 28 anos, o tema da relação entre reflexos condicionados e comportamento consciente do homem;
  • 1925 – 1934 – Lecionou Psicologia e Pedagogia em Moscou e Leningrado;
  • 1934 – Morre vítima de Tuberculose.

Alguns conceitos

Para Vygotsky, o desenvolvimento mental da criança é um processo contínuo de aquisição de controle ativo sobre funções inicialmente passivas.

Desenvolvimento intelectual e linguístico da criança relacionado à interiorização do diálogo em fala interior e pensamento.

Desenvolvimento do agrupamento conceitual das crianças, onde inicialmente há um amontoado de conceitos, depois um complexo de conceitos, pseudoconceitos e, finalmente, conceitos verdadeiros.

A capacidade de impor estruturas superiores no interesse de ver as coisas de modo mais simples e profundo é tida como um dos poderosos instrumentos da inteligência humana. Essa capacidade evita que, ao contato com novos conceitos, a criança tenha de reestruturar os conceitos já incorporados.

Para Vygotsky o brinquedo é o mundo imaginário onde a criança pode realizar seus desejos.
Zona de desenvolvimento proximal – é a “lacuna” entre aquilo que o indivíduo pode realizar sozinho e aquilo em que ele vai precisar da ajuda de alguém.

Vida

Quando Iniciou sua carreira como psicólogo após a Revolução Russa de 1917, Vygotsky já havia contribuído com vários ensaios para crítica literária. Em 1924 proferiu uma palestra intitulada “Consciência como um Objeto da Psicologia do Comportamento”, causando impacto nas teorias behavioristas existentes na época.
Ele buscava uma descrição e uma explicação das funções psicológicas superiores (pensamento, lembrança voluntária, raciocínio dedutivo, por exemplo), contrapondo-se à teoria baseada no estímulo-resposta. Criticou a teoria de que os processos mentais adultos estão latentes na criança, bastando apenas sua maturação.
Foi um dos primeiros defensores da associação da psicologia cognitiva experimental com a neurologia e a fisiologia, ao insistir que as funções psicológicas são produtos da atividade cerebral.
  • Materialismo Dialético – simultaneidade entre corpo e alma. Todo fenômeno tem uma história, que se modifica quantitativa e qualitativamente e essa mudança pode explicar a evolução dos processos psicológicos elementares em processos complexos.
  • Materialismo histórico – mudanças na sociedade produzem mudanças no ser humano. Vygotsky desenvolveu a teoria de que a sociedade afeta diretamente a evolução dos processos psicológicos superiores do homem.
Para Vygotsky, os processos mentais devem ser entendidos historicamente. Foi um dos fundadores do Instituto de Estudos das Deficiências, em Moscou. Lecionou e escreveu extensamente sobre problemas da educação. Utilizava o termo pedologia (do Gr. pais, paidós, criança + lógos, tratado), que pode, grosseiramente, ser traduzido por psicologia educacional.
Foi acusado de chauvinista russo, por ter declarado que a população iletrada da região não industrializada da Ásia Central, ainda não tinha a capacidade intelectual da civilização moderna.
Escreveu sobre o método genético-experimental, que é um experimento que, se adequadamente concebido, pode dar ao experimentador condições de saber o curso real do desenvolvimento de uma determinada função. Uma técnica usada por Vygotsky era a de introduzir obstáculos e dificuldades na tarefa a fim de quebrar o método rotineiro de solução de problemas. Nesse estudo o mais importante não era o nível de desempenho, mas os métodos usados pela criança.

Principais contribuições de Vygotsky

Os resultados experimentais podem ser tanto quantitativos, quanto qualitativos;

Ruptura das barreiras entre estudo de “campo” e em “laboratório”;

Método de estudo que procura traçar a história do desenvolvimento das funções psicológicas, alinhando-as ao ambiente social, cultural e econômico de crescimento do sujeito.

Dois anos após sua morte, o Comitê Central do Partido Comunista baixou um decreto proibindo todos os testes psicológicos na União Soviética e todas as revistas de Psicologia deixaram de ser publicadas durante 20 anos. 
   Um grande movimento de experimentação e fermentação intelectual chegava ao fim.

Algumas publicações de Vygotsky


1915 – A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca. Arquivo pessoal, manuscrito;

1922 – Sobre os métodos do ensino de literatura nas escolas secundárias. Relatório à Conferência Distrital de Metodologia Científica, 07 de agosto de 1922. Arquivo pessoal, manuscrito;

1923 – A investigação do processo de compreensão de linguagem utilizando a tradução múltipla de texto de uma língua para outra. Arquivo pessoal;

1924 – Problemas de educação de crianças cegas, surdas-mudas e retardadas. Moscou, SPON NKP Publicações, 1924;

Métodos de investigação psicológica e reflexológica. Relatório apresentado no Encontro Nacional de Psiconeurologia, Leningrado, 2 de janeiro de 1924. In: Problemas da Psicologia contemporânea, II, 26- 46, Leningrado. Casa de Publicações do Governo, 1926;

Os princípios de educação de crianças com defeitos físicos, 1924, nº. 1, pp. 112-20;

1925 – Os princípios de educação social de crianças surdas-mudas. Arquivo pessoal, manuscrito, 26 pp.
Prefácio de Além do princípio do prazer de S. Freud. Moscou, Problemas Contemporâneos, 1925 (em colaboração com A.R. Luria).

O consciente como problema da psicologia experimental. In Psicologia e marxismo, I. 175-98. Moscou-Leningrado. Casa de Publicações do Governo, 1925;

1926 – 1927 – Prefácio de Princípios de aprendizagem baseadas na psicologia, de E.L. Thorndike (traduzido do inglês), pp. 5-23. Moscou, Casa de Publicações O Trabalhador da Educação, 1926;

O significado histórico da crise na Psicologia. Arquivo pessoal, manuscrito, 430 pp.;

Psicologia contemporânea e arte. Arte Soviética, 1927, nº. 8, pp. 5-8, 1928, nº. 1, 99. 5-7;

1928 – O método instrumental em psicologia. In: Os problemas da pedologia da URSS, pp. 158-9. Moscou, 1928;

1929 – Raízes do desenvolvimento do pensamento e da fala. Ciências naturais e marxismo, 1929, nº. 1, pp. 106-33;

1930 – A relação entre trabalho e desenvolvimento intelectual na criança. Pedologia, 1930, nº. 5-6, pp. 588-96;

Referências:

Vigotsky, Lev Semenovich, 1896-1934. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores/ L.S. Vigotsky ; organizadores Michael Cole.. {et al.}; tradução José Cipolla Neto, Luis Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche. 7ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 2007.

Vigotsky, Lev Semenovich, 1896-1934. Pensamento e Linguagem/ L.S. Vigotsky: tradução Jéferson Luis Camargo. 3ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 2005.

Vigotsky, Lev Semenovich, 1896-1934. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem – São Paulo – Ícone – Ed. Universidade de São Paulo – 1998.

PETER FERDINAND DRUCKER



 Austríaco Peter Drucker  (naturalizado norte-americano) foi o maior guru de administração do século XX. Nasceu em 1909 e faleceu em 2005.


Foi autor de mais de vinte livros, e como consultor e professor da New York University, teve influência decisiva nos destinos da administração mundial, através de idéias modernas, arrojadas e sempre inovadoras.

Jornalista e intelectual nascido em 1909 em Viena (Áustria), Drucker fez doutorado em direito público e internacional na Universidade de Frankfurt (Alemanha), e trabalhou como jornalista econômico em um jornal local antes de emigrar para Londres em 1933, fugindo do nazismo.

Trabalhou também como professor de Ciências Sociais e Administração em Claremont entre 1971 e 2003. Desde 2003, não dava aulas mas continuou como consultor da faculdade até sua morte. 

Sem sombra de dúvida, Peter Drucker é o principal pensador empresarial e das teorias da Administração no Século XX, despontando no Século XXI em pleno vigor intelectual, cheio de energia e, o que é mais importante, com idéias sempre brilhantes. Sua obra é extremamente abrangente, tendo escrito sobre tudo o que os executivos fazem, pensam e enfrentam.

Suas idéias sempre são discutidas, analisadas, estudadas, tanto nas empresas quanto nas universidades, pois abrangem temas como privatização (chamada por ele de "reprivatização" no década de 80), a Administração (ou Gestão) do Conhecimento também é uma de suas idéias, lançada no seu livro "The Age of Discontinuity", de 1969. Ou seja, há mais de 30 anos Drucker analisava as implicações do conhecimento como sinônimo de poder e propriedade, o que hoje é discutido amplamente em termos de Capital Intelectual, Gestão do Conhecimento, Inovação estratégica, "Empowerment" etc.

Suas experiências de vida, na Áustria dos anos 20 e 30 (Séc. XX), exerceram uma grande influência em seu pensamento e sua obra, pois ele acredita que foi uma má Administração a responsável por mergulhar a Europa na catástrofe que viu em sua juventude e teme que a esfera de ação da má Administração venha a se ampliar, pois as organizações estão se tornando cada vez mais complexas e interdependentes.

Seu primeiro livro, escrito em 1946, Concept of the corporation, constituía uma investigação pioneira do intrincado funcionamento interno da General Motors, e demonstrou que o gigante do setor automobilístico era muito mais um sistema social repleto de labirintos do que uma máquina econômica.

Desde então, já são mais de 29 livros. Ao longo de sua vida, criou frases e defendeu conceitos como Administração Por Objetivos (APO). Muitas de suas inovações tornaram-se realidades na prática administrativa. Por exemplo, elogiou as grandes organizações, mas também previu o seu desaparecimento. Seu livro Managing for results, de 1964, foi o primeiro livro sobre o que hoje se denomina estratégia. A obra The effective executive, de 1966, foi o primeiro e, até hoje, o único livro sobre o fato de o comportamento ser um ponto de apoio ou uma exigência que se faz do profissional.

O ápice de sua obra pode ser considerado como formado por dois livros extensos e brilhantes: The practice of management (1954) e Magement: tasks, responsabilities, practices (1973), que possuem um alcance enciclopédico e são completos em sua perspectiva histórica. Mais do que qualquer outra obra, abrangem a essência do pensamento e da prática da Administração. Ambas estão editadas em português.

Além de escrever, Drucker teve uma carreira discreta como professor universitário e atuações esporádicas em Consultoria. Ele foi professor de Filosofia no Bennington College, entre 1942 e 1949, e tornou-se professor de Administração na Universidade de Nova York, em 1950 - como ele mesmo recorda com orgulho, "a primeira pessoa em qualquer parte do mundo a possuir tal título e a ensinar tal disciplina". Desde 1971, leciona na Claremont Graduate School, na Califórnia (onde vive atualmente).

Drucker se considera tanto um jornalista quanto um professor universitário ou consultor. Em sua autobiografia ele enfatiza seu papel como um intérprete jornalístico das tendências sem se envolver diretamente nos fatos. Ele tece críticas pesadas às escolas de Administração, considerando que "as faculdades de Administração nos EUA, instituídas há menos de um século, têm preparado escriturários bem treinados". Drucker não quis, em diversas ocasiões, associar-se a Harvard, e observa que "somente agora, em minha idade bem avançada, a Universidade tem-se mostrada disposta a me aceitar".

A maior conquista de Drucker reside em identificar a Administração como uma disciplina humana e desvinculada do tempo. Ela foi utilizada para construir a Grande Muralha da China, erguer as pirâmides, cruzar os oceanos pela primeira vez e comandar exércitos. Nas suas palavras: "Administração significa tarefas e é sinônimo de disciplina, mas também significa seres humanos. Toda realização da Administração é também a realização de um dirigente. Todo fracasso representa o fracasso de um dirigente. As pessoas administram, não as forças ou os fatos. A visão, a dedicação e a integridade dos gerentes determinam se existe uma Administração ou um mau gerenciamento."

Drucker coloca em nossas mãos a importância histórica da Administração. Porém, embora ela seja uma ciência universal, isso não significa que sejamos muito bons em praticá-la ou que estamos nos aperfeiçoando em sua aplicação. Em 1995, ele declarou: "na realidade, muito pouco tem mudado até agora. A maioria das organizações está sendo administrada de modo muito similar ao que eram quando comecei a estudá-las pela primeira vez. Possuímos muitos instrumentos novos, mas poucas idéias novas."

Para que se tenha uma idéia da atualidade de seus escritos, basta lembrar que em sua obra Management: tasks, responsabilities, practices, de 1973, ele estabeleceu cinco princípios básicos para o papel do dirigente: (1) definir objetivos; (2) organizar; (3) motivar e comunicar; (4) avaliar; e, (5) desenvolver pessoas. Para ele, esse é um dos papéis fundamentais do administrador: assumir uma função educacional, proporcionando aos demais uma visão e habilidade para desempenhá-la. Para Drucker, é a visão e a responsabilidade moral que, em última instância, define o administrador.

Complementando sua visão futurística, vamos ver quais as "tarefas"que Drucker considerava essenciais para o administrador do futuro (o que impressiona é que isso foi escrito há mais de 40 anos). Para ele, "os dirigentes do futuro devem:

1. Administrar por Objetivos.

2. Assumir maiores riscos e por um período mais longo.

3. Ser capazes de tomar decisões estratégicas.

4. Ser capazes de formar uma equipe integrada, cujos membros individuais tenham a capacidade de administrar e de medir seu próprio desempenho e os resultados em relação aos objetivos comuns.

5. Ser capazes de comunicar informações de forma rápida e clara.

6. Tradicionalmente, esperava-se que o gerente conhecesse uma ou mais funções. Isso não será mais suficiente. O dirigente do futuro deve ter condições de enxergar a empresa como um todo e de integrar sua função nesse contexto.

7. Tradicionalmente um gerente deveria conhecer alguns produtos ou um setor. Isso também não será mais suficiente".

No início do terceiro milênio, continua valendo a pena ouvir e ler o que Peter Drucker tem a dizer, pois sua lucidez e conhecimentos sobre a Ciência da Administração são de uma pessoa que tem uma vida inteira dedicada ao estudo das organizações.

Para encerrar, fiquemos com suas palavra a respeito dos gerentes: "os gerentes são responsáveis pelos resultados e ponto final."


Fonte, na íntegra: 

http://www.portalinfluenciar.com.br/2013/04/excelente-biografia-peter-drucker.html

Os Revolucionários da Administração: um guia dos pensadores e suas idéias que criaram e revolucionar
Páginas onde está Publicado:    ND
Autor:    CRAINER, Stuart
Editora:    EXAME e Negócio Editora
Cidade:    São Paulo
Ano de Publicação:    1999