sábado, 16 de julho de 2016

A Era da Razão

O Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII
.na Europa,
que defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas) 


Era da Razão – O que foi a Era da Razão?


A Era da Razão foi um movimento do século XVIII que surgiu imediatamente depois do misticismo, da religião e da superstição da Idade Média. A Era da Razão representou uma gênese no modo como o homem via a si próprio, a busca do conhecimento e o universo. Neste período de tempo, os conceitos de conduta e pensamento que o homem anteriormente tinha agora podiam ser contestados verbalmente e por escrito. Medos de ser proclamado herege ou queimado na fogueira foram descartados. Este foi o início de uma sociedade aberta em que os indivíduos eram livres para buscar a felicidade individual e a liberdade. Política e socialmente, os conceitos imperiais do mundo medieval foram abandonados. A Era da Razão também incluiu o período mais curto chamado de Iluminismo. Durante este tempo ocorreram grandes mudanças no pensamento científico e na exploração. Novas ideias encheram o horizonte e o homem estava ansioso para explorá-las livremente. 

O filósofo alemão, Immanuel Kant, definiu o Iluminismo desta forma: "Esse movimento foi a libertação do homem do seu estado auto-provocado de minoria. A minoria é a incapacidade de usar um entendimento sem a direção de outra pessoa. Este estado é auto-causado quando a sua fonte não reside na falta de entendimento, mas na falta de determinação de usá-lo sem a ajuda de outro." 

A Era da Razão não precisa necessariamente ser vista como um ponto culminante na história do homem. O homem começou a abraçar uma crença exagerada na perfeição da humanidade com base na razão e pensamento claro, alegremente abandonando a confiança na verdade bíblica e no temor de Deus. Ao deixarem os extremos medievais de misticismo e superstição, eles oscilaram aos outros extremos da razão e da racionalidade, negligenciando as sutis nuanças cinzentas entre eles.


Era da Razão - Racionalidade, Razão e o Iluminismo


A Era da Razão trouxe uma grande mudança à história da trajetória do homem na terra. A razão, racionalidade e iluminação tornaram-se os novos 'deuses'. Durante os 1700 anteriores, a perfeição do homem só podia ser obtida através da graça após a morte. A Revolta Protestante contra a Igreja Católica e as subsequentes 'guerras santas' não fizeram nada para mudar as subjacentes crenças aceitas pela sociedade: a revelação era a fonte da verdade suprema e só podia ser recebida como uma comunicação de Deus. Esta era a base do Cristianismo. Agora, nesta nova era, o homem sentiu-se obrigado a seguir o seu próprio intelecto, não a verdade ‘revelada‘. A Terra e a ênfase na natureza tornaram-se os novos dogmas. Os milagres, profecias e rituais religiosos eram meras superstições. A razão, filosoficamente, é definida como a habilidade de formar e operar sobre os conceitos de abstração, reduzindo as informações ao seu conteúdo elemental, sem emoção. A racionalidade carrega a implicação dupla de inferência ordenada e compreensão juntamente com a compreensão e explicação. A iluminação é mais ou menos a aplicação da razão e da racionalidade a crenças anteriores, resultando em um pensamento mais amplo e mais claro. 

A Era da Razão viu a introdução da Revolução Científica e de várias progressões das novas escolas de pensamento. O Dualismo, defendido por Descartes, ensinava que Deus (a mente) e o homem (a natureza) eram distintos. Baruch Spinoza introduziu a ideia do Panteísmo, ou seja, que Deus e o universo são um, e também que "Deus era uma substância constituída por infinitos atributos." Os crentes no Deísmo, descrito como a religião da razão, rejeitaram o Cristianismo como um conjunto de revelações misteriosas e incompreensíveis. A revelação de Deus, de acordo com os deístas, era simples, lógica e clara, uma religião natural que sempre havia existido.



Era da Razão - A Visão Cristã


A Era da Razão foi caracterizada pela rejeição de Deus, negação dos milagres e ataques às básicas crenças cristãs. Durante a Era da Razão, na tentativa de separar-se do misticismo da Idade Média, o homem aplaudiu o intelecto e desdenhou o espírito. Acreditava-se que Deus era incognoscível, se é que existia, e certamente não havia necessidade de comunicação ou revelação divina. A revelação da natureza era o bastante, mostrando tudo o que precisava ser conhecido sobre Deus. O homem agora estava livre para postular suas próprias teorias da existência e ideias sobre a Terra e a sua relação com o sol.

A ironia do período é que embora o homem tenha procurado a Iluminação e tenha acreditado estar iluminado, ele deixou de enxergar as verdades básicas que teriam ficado claras se não tivesse endurecido o seu coração na denúncia de Deus. Sim, de fato, Deus se revela na natureza: "Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite" (Salmo 19:1-2). A glória de Deus é claramente revelada nas obras das mãos de Deus. Só Ele é a fonte da sabedoria e do conhecimento. Em desviar-se da Bíblia, a Palavra de Deus, como a verdade absoluta, o homem tem formulado todos os tipos de teorias para explicar o seu mundo. Entretanto, como 1 Coríntios 3:19a diz: "Pois a sabedoria deste mundo é loucura aos olhos de Deus." 

Deus só pode ser encontrado através de um coração de fé. Deus criou o homem com a capacidade de pensar, descobrir e raciocinar. Entretanto, toda busca primeiramente necessita começar com Deus, reconhecendo-o como o autor de todas as coisas e o único com o poder absoluto e autoridade. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; todos os que cumprem os seus preceitos revelam bom senso. Ele será louvado para sempre!" (Salmo 111:10).

Fonte: http://www.allabouthistory.org/portuguese/era-da-razao.htm

Direito Divino dos Reis



Direito Divino dos Reis foi uma doutrina política comum durante a Idade Moderna.

A ligação entre religião e política tem origem juntamente com as primeiras organizações sociais conhecidas. Desde quando os indivíduos passaram a se organizar, o argumento religioso esteve presente para validar determinados aspectos de suas respectivas culturas.

Luís XIV

O período histórico que comumente denominamos de História Antiga viu nascer o cristianismo. Naquela época, o Império Romano professava o paganismo. O culto a vários deuses perdeu lugar para o culto a um único Deus, como característica do cristianismo. Todavia, o poderio da religião cristã se ampliou consideravelmente durante a Idade Média. Neste período, a sociedade passou a ser guiada pelos preceitos determinados pela Igreja Católica, até então, única forma de expressão do cristianismo.

É também na Idade Média, na fase de transição para Idade Moderna, que começa a se estruturar uma nova forma de organização política. Começam a surgir os Estados Nacionais, representando a união dos reinos de uma mesma cultura. Esse Estado Nacional centraliza o seu comando na figura de um único indivíduo, o rei.

A figura do rei já era presente na Idade Média, entretanto nesse momento da história havia uma fragmentação do poder dos reis, pois eram vários os reinos. A Idade Moderna viu a consolidação de vários reinos sob um único Estado Nacional e a consequente fortificação da imagem do rei, o soberano.
No chamado Antigo Regime, a sociedade era estratificada. No topo estava o soberano rei, seguido pelo clero, a nobreza e o povo. Como o rei e o clero dispunham de forte poderio e influência sobre a população, era preciso uma boa ligação entre ambos. Especialmente a religiosidade era elemento muito influente na época, todas as ações da sociedade se pautavam pelos dogmas religiosos cristãos, no caso da Europa Ocidental.

O Estado Nacional tinha ainda o adjetivo de Absolutista. Nessa nova organização política, o rei era o soberano, dotado de poderes absolutos e concedidos por Deus. Acreditava-se que aquele que reinava tinha o merecimento por ter sido assim coroado por Deus. Desse modo, o Direito Divino dos Reisgarantia a legitimidade e soberania do monarca no Estado Nacional. A crença era de que não os súditos ou qualquer outra autoridade concederia ao rei o direito de governar, mas seria a vontade do próprio Deus.
Direito Divino dos Reis concedia aos monarcas grandes poderes no governo do Estado Nacional, mas não se tratava de uma teoria política prática, e sim um aglomerado de idéias e crenças. Por ser indicado por Deus, qualquer tentativa de depor o monarca seria tratada como contestação à vontade de Deus, fato que a sociedade da época ainda tinha muito medo de questionar.

Com as seguintes unificações dos Estados Nacionais Modernos, o Direito Divino dos Reis esteve cada vez mais presente nas sociedades do século XVII. Muitos pensadores foram adeptos de tal teoria, onde se pode destacar Jean Bodin e Jacques Bossuet. Por outro lado, alguns monarcas representaram bem o poder que possuíam em consequência do Direito Divino dos Reis, como é o caso de Luís XIV, rei da França.



Fontes:
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/politica/2009/05/15/000.htm
http://www.educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/o-direito-divino-dos-reis.htm




Iluminismo



iluminismo foi um movimento global, ou seja, filosófico, político, social, econômico e cultural, que defendia o uso da razão como o melhor caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação. O centro das idéias e pensadores Iluministas foi a cidade de Paris.
Os iluministas defendiam a criação de escolas para que o povo fosse educado e a liberdade religiosa. Para divulgar o conhecimento, os iluministas idealizaram e concretizaram a idéia da Enciclopédia (impressa entre 1751 e 1780), uma obra composta por 35 volumes, na qual estava resumido todo o conhecimento existente até então.
O iluminismo foi um movimento de reação ao absolutismo europeu, que tinha como características asestruturas feudais, a influencia cultural da Igreja Católica, o monopólio comercial e a censura das “idéias perigosas”.
O nome “iluminismo” fez uma alusão ao período vivido até então, desde a Idade Média, período este de trevas, no qual o poder e o controle da Igreja regravam a cultura e a sociedade.
Montesquieu, um dos principais filósofos do Iluminismo. Obra de autor desconhecido.

Os principais pensadores iluministas foram:
Montesquieu (1689-1755) – fez parte da primeira geração de iluministas. Sua obra principal foi “O espírito das leis”. Antes mesmo da sociologia surgir, Montesquieu levantou questões sociológicas, e foi considerado um dos precursores da sociologia.
Voltaire (1694-1778) – Critico da religião e da Monarquia, Voltaire é o homem símbolo do movimento iluminista. Foi um grande agitador, polêmico e propagandista das idéias iluministas. Segundo historiadores, as correspondências de Voltaire eram concluídas sempre com o mesmo termo:
Écrasez l’Infâme (Esmagai a infame). A infame a que se referia era a Igreja católica. Sua principal obra foi “Cartas Inglesas”.
Diderot (1713-1784) – Dedicou parte de sua vida à organização da primeira Enciclopédia, sendo essa a sua principal contribuição.
D’Alembert (1717-1783) – Escreveu e ajudou na organização da enciclopédia.
Rousseau (1712-1778) – redigiu alguns verbetes para a Enciclopédia. Suas idéias eram por vezes contrárias as dos seus colegas iluministas, o que lhe rendeu a fama de briguento. Sua principal obra foi “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”.
O movimento iluminista utilizou da razão no combate a fé na Igreja e a idéia de liberdade para combater o poder centralizado da monarquia. Com essa essência transformou a concepção de homem e de mundo.
A partir do iluminismo surgiu outro movimento, de cunho mais econômico e político: o liberalismo.

Leia também:
Por Thais Pacievitchhttp://www.infoescola.com/historia/iluminismo/