domingo, 13 de janeiro de 2019

DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO E PROCEDIMENTOS PSICOPEDAGÓGICO



 O Diagnóstico Psicopedagógico  é, em si, uma intervenção, pois o psicopedagogo tem de interagir com o cliente, a família e a escola, partes envolvidas na dinâmica do problema. 
O psicopedagogo utiliza o diagnóstico psicopedagógico para detectar problemas de aprendizagem. Rubinstein (1996) compara o diagnóstico psicopedagógico com um processo de investigação, no qual o psicopedagogo assemelha-se a um detetive à procura de pistas, selecionando-as e centrando-se na investigação de todo o processo de aprendizagem, levando em conta a totalidade dos fatores envolvidos. 

É ele, portanto, a base que dará suporte ao psicopedagogo para que este faça o encaminhamento necessário. É um processo que permite ao profissional investigar, levantar hipóteses provisórias que serão ou não confirmadas ao longo do processo recorrendo, para isso, a conhecimentos práticos e teóricos. 

Esta investigação permanece durante todo o trabalho diagnóstico através de intervenções e da "... escuta psicopedagógica...", para que "... se possam decifrar os processos que dão sentido ao observado e norteiam a intervenção". (BOSSA, 2000, p. 24). Afirma que o diagnóstico psicopedagógico é, em si, uma intervenção, pois o psicopedagogo tem de interagir com o cliente, a família e a escola, partes envolvidas na dinâmica do problema. 

A autora declara que: durante e após o processo diagnóstico, serão construídos um conhecimento e uma compreensão a respeito do processo de aprendizagem. Isso permite que o psicopedagogo tenha maior clareza a respeito dos objetivos a serem alcançados no atendimento psicopedagógico. (RUBINSTEIN, 1996, p.28) 

Quanto aos procedimentos, entende-se que a atuação do psicopedagogo, tanto na clínica quanto na instituição, é de natureza multidisciplinar, até porque a psicopedagogia assim se constitui; o uso de procedimentos para diagnóstico e intervenção provém de diversos procedimentos para diagnóstico, e a intervenção decorre de diversas áreas - embora a psicopedagogia já conte com recursos próprios. 

O psicopedagogo pode usar como recurso a entrevista com a família; pode, também, investigar, o motivo da consulta, procurar conhecer a história de vida da criança, realizando a anamnese, entrevistar o cliente, fazer contato com a escola e outros profissionais que atendem a criança, manter os pais informados de seu desenvolvimento e da intervenção que está sendo realidade e encaminhar o caso para outros profissionais, quando necessário. (RUBINSTEIN, 1996) 

Desta forma, o diagnóstico psicopedagógico clínico deve concentrar-se em levantar hipóteses, verificar o potencial de aprendizagem, mobilizar o aprendiz e o seu entorno (família e escola) no sentido da construção de um olhar sobre o não aprender. (RUBINSTEIN, 1996, p. 134) 

Os recursos constituem instrumentos para a realização do diagnóstico e da intervenção psicopedagógica. Por meio dos jogos, o sujeito pode se manifestar, sem mecanismos de defesa, os desejos contidos em seu inconsciente. Levando-se em conta que o sujeito possui poucos recursos (de vocabulário, por exemplo) para se comunicar expressar o que sente e o que deseja, ele pode fazer o uso de jogos, desenhos e brincadeiras para manifestar suas emoções. Cabe, pois, ao psicopedagogo estar atento para escutar e analisar as mensagens; enfim, para ouvir o sujeito. 

FONTE
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/diagnostico/10325

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