quinta-feira, 11 de maio de 2023

Quem foi Émile Durkheim

 

Émile Durkheim foi um sociólogo francês do século XIX que contribuiu com diferentes ideias, ideologias e pesquisas das áreas sociais. Além de sociólogo, também era psicólogo e filósofo.



O pensador é um dos mais importantes da história, pois seus conceitos e pesquisas reverberam até os dias atuais.

Junto com Max Weber e Karl Marx, formam a tríade dos pensadores clássicos.

Um dos maiores feitos de Émile Durkheim foi ter definido o método sociológico de pesquisa, o que tornou essa área de estudos uma ciência independente das outras.  

A partir dessas definições, os estudos sociológicos precisavam passar por métodos específicos de estudo e análise.

O intuito era diminuir as interferências de outras áreas na sociologia, entendendo-a como autônoma.

Também foi o criador da Teoria dos Fatos Sociais, (...)

Essa teoria afirma que fatos gerais que marcam a sociedade de alguma forma acabam sendo mais influentes do que os fatos e pensamentos individuais de cada pessoa. 

Principais livros de Émile Durkheim

Émile Durkheim foi um estudioso, pesquisador e professor por toda a sua vida e, por isso, contribuiu com inúmeros livros da área de sociologia.

Suas obras são referências para novos estudos ainda nos dias de hoje.

Veja os nomes dos principais livros do sociólogo para pesquisar:

  • A Divisão do Trabalho Social (1893) 
  • A Educação Moral (1925 – publicação póstuma)
  • As Formas Elementares da Vida Religiosa (1912) 
  • As Regras do Método Sociológico (1895) 
  • Educação e Sociologia (1922 – publicação póstuma) 
  • Elementos de Sociologia (1889) 
  • O Socialismo (1928 – publicação póstuma)
  • O Suicídio (1897) 
  • Sociologia e Filosofia (1924 – publicação póstuma) 
(...)

 Durkheim contribuiu de diversas maneiras para os estudos da sociedade e, a partir de suas obras, é possível citar 5 conceitos importantes que influenciam as pesquisas sociais até hoje.

1. Fato social

O conceito mais importante e mais frequente nas provas, a teoria do Fato Social, refere-se ao entendimento da sociedade como uma realidade objetiva, que pode ser estudada assim como as outras áreas.

Para Durkheim, o fato social conta com três elementos essenciais que o tornam factuais: generalidade, a externalidade e a coercitividade.

Em sua teoria, o sociólogo afirma que os fatos sociais são externos ao indivíduo e existem independente de nossa consciência sobre eles.

Não são imutáveis, mas, para serem alterados, precisam de um grande esforço.

O ser humano começa a ter contato com esses fatos desde seu nascimento e internaliza muitos deles. Esse processo foi chamado de “princípio da socialização”.

Com isso, Durkheim afirma que os fatos sociais influenciam a maneira de pensar de um indivíduo, muito mais do que o oposto.  

2. Instituição social e anomia

Outro estudo importante do sociólogo foi sobre a instituição social e seu enfraquecimento (anomia).

Para ele, a instituição social é formada por um conjunto de regras que visam conservar uma organização de grupo e, pelo desejo de conservação, é necessariamente tradicionalista.

A anomia, por sua vez, é a definição de um momento em que as regras deixam de ser claras e, com isso, a instituição social perde seu limite.

O resultado é uma sociedade com indivíduos afastados entre si socialmente falando, sem consciência coletiva.  

3. Consciência individual e coletiva

A consciência coletiva é a ideia de que todos os que convivem em uma mesma sociedade “criam” maneiras de agir que são comuns a todos.

Isso acontece tanto pelos fatos sociais quanto pela ideia de instituição social, que vimos anteriormente.

Por sua vez, a consciência individual refere-se ao âmbito pessoal, as vontades, gostos e pensamentos de cada um, vistos como únicos.

Um exemplo dado por muitos pesquisadores é o da vestimenta: a sociedade indica que temos que andar vestidos, mas cada um escolhe com que roupa deseja se vestir.  

4. Solidariedade orgânica e mecânica

O conceito da coesão social é a base para essas ideias e diz que a sociedade está baseada no consenso existente entre os indivíduos.

Segundo ele, sociedades arcaicas eram definidas por uma solidariedade mecânica, em que os indivíduos compartilhavam as mesmas crenças, valores e formas de trabalho, por isso, criaram uma sociedade coesa.

Depois, surgiu a solidariedade orgânica, impulsionada pela divisão do trabalho.

Assim, os indivíduos compartilham os valores individuais, mas as relações de trabalho mudaram, sendo cada vez mais individuais e criando relações de poder entre as pessoas. Mesmo assim, existe a coesão por dependência.

Isso se aplica desde as relações pessoais até as definições das instituições sociais, cultura e ideologias.  

5. Suicídio

Sendo Durkheim também psicólogo, um conceito criado por ele e utilizado até hoje em algumas vertentes do estudo da mente é o de suicídio.

De acordo com o pesquisador, existem diferentes tipos de suicídio, que também se relacionam com suas outras teorias.

  • suicídio egoísta: ego pessoal sobrepõe-se ao ego social, o indivíduo não enxerga motivos para continuar vivo nem em sua vida pessoal nem na sociedade em que vive;
  • suicídio altruísta: ego social maior que o individual, a pessoa enxerga os valores da sociedade como maiores que si próprio e escolhe encerrar a vida em “benefício” da sociedade. Pilotos kamikaze e homens-bomba são exemplos;
  • suicídio anômico: acontece em momentos de desordem e caos (anomia), que levam ao desespero os mais afetados. Assim, deixam de ver sentido na vida ou têm sua saúde mental afetada pelos acontecimentos. Momentos de crise e de guerras são exemplos.

Os conceitos de Émile Durkheim reverberam até os dias de hoje e, por isso, é essencial entendê-los ...

FONTE:

https://ead.faesa.br/blog/emile-durkheim-sociologia#:~:text=Em%20sua%20teoria%2C%20o%20soci%C3%B3logo,nascimento%20e%20internaliza%20muitos%20deles.

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